"A Via Sinuosa" de Aquilino Ribeiro

"A Via Sinuosa" de Aquilino Ribeiro

"A Via Sinuosa"
de Aquilino Ribeiro

Edição de 1985
Edição Comemorativa do Centenário do Nascimento de Aquilino Ribeiro
Bertrand Editora
298 Páginas

«Sentado na borda do tanque, que uma figueira toldava de deleitável sombra, instruía-me o senhor padre Ambrósio da latinidade. Homem de muitas letras, já ruço, mas ainda de bom garbo nos seus setenta anos, sãos de alma e de corpo, antes de abrir Horácio, aprazia-lhe lembrar, num doce tom de iluminado:
- Neste sítio, Libório, descansou o grande padre S. Francisco de jornada para Compostela. Reza a história que o servo de Deus vinha trilhado do caminho

Assim começa a Via sinuosa de Aquilino Ribeiro, um dos meus mais antigos mestres na arte da degustação literária. Imaginem uma sala de uma casa na Beira, aí pelos finais dos anos 50 começos de 60 do século passado. Uma sala grande, teto em madeira com pranchas alternadas, duas janelas de guilhotina, semiabertas, e portadas interiores altas, meio cerradas contra a luz que vem da rua. Anda lá por fora um Agosto de brasa que até dói.

Pelas ruas, àquela hora, poucos se atrevem. Num cadeirão de braços, com a luz coada, por detrás da cabeça para que não falte nas páginas, vou-me embrenhando pelo romance de Aquilino Ribeiro. Ou nas aventuras e desventuras de Libório Barradas, filho dos caseiros do Convento de Caria, mais tarde de S. Francisco, a iniciar-se no latim do padre Ambrósio, sem amado mestre, e nos amores, castos de Celidónia, uma das filha dos Violas, e nos pecaminosos, com Dona Estefânia, esposa do Malafaia, diplomata, do solar de Santa Maria das Águias.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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