"CONTOS PROIBIDOS" - Memórias de um PS Desconhecido de Rui Mateus - 1ª Edição de 1996

"CONTOS PROIBIDOS" - Memórias de um PS Desconhecido de Rui Mateus - 1ª Edição de 1996

"CONTOS PROIBIDOS"
Memórias de um PS Desconhecido
de Rui Mateus

1ª Edição de 1996
Publicações Dom Quixote
Coleção Caminhos da Memória
458 Páginas
Ilustrado em extratexto com fotografias e 43 documentos fac similados

Obra polémica e há muito esgotada, da autoria de Rui Mateus, um dos fundadores do Partido Socialista, que aqui revela um lado desconhecido do partido.

«É um livro surpreendente, que revela a falta de transparência da vida político-partidária e acusa o parasitismo daqueles que passam a vida a apregoar que estão na política por patriotismo e com sacrifício pessoal, pois poderiam estar muito melhor se se tivessem dedicado a atividades do sector privado mesmo quando se sabe que, antes de entrarem na política, não tinham obra nem dinheiro.»
in Introdução

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O polémico livro de Rui Mateus, "Contos Proibidos", posto à venda a 27 de Janeiro de 1996, e que desmistificava a imagem de herói nacional que era atribuída a Mário Soares, foi o único livro da história da literatura portuguesa que, curiosamente, esgotou no dia do lançamento. O livro proibido que revela as «façanhas» de Mário Soares e seus acólitos entre as décadas de 70 e 90 do século passado. Este livro, também curiosamente, nunca foi reeditado, embora circule na Internet. Muito se falou de corrupção e tráfico de influências na altura - como muito se fala agora, quase duas décadas depois. Atualmente nada se sabe concretamente sobre o paradeiro ou atividade profissional de Rui Mateus, mas a "censura" ao seu livro demonstra o lado menos democrático dos políticos portugueses.

Há quem afirme que Mateus se auto-marginalizou depois da edição, em 1996, do controverso livro "Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido", que, tal como o próprio título sugere, desfere incisivas críticas e acusações ao partido e a muitos dos seus dirigentes, a começar por Mário Soares. Apesar de ter deixado de exercer quaisquer responsabilidade no interior do PS no congresso de 1986, no qual Vítor Constâncio foi eleito secretário-geral, Rui Mateus acabaria por, dez anos mais tarde, cravar, a frio, um punhal no corpo socialista com a publicação de "Contos Proibidos". Muitos não lhe perdoaram.

Ao que parece, existe um acordo tácito para "apagar" Rui Mateus de qualquer evento comemorativo. Alguns dos participantes do congresso fundador de Bad Münstereifel (1973), no qual a Ação Socialista Portuguesa deu lugar ao Partido Socialista, chegaram mesmo a ameaçar que nunca mais compareceriam aos convívios dos fundadores se Rui Mateus fosse convidado. Os avisos surtiram efeito e Rui Mateus foi banido, apesar das justificações que alegam a auto-exclusão. Desconhece-se com certeza o paradeiro de Rui Mateus, o autor dos «Contos Proibidos», tendo desaparecido da vida pública quando foi maldito pelos seus antigos correligionários.

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Rui Fernando Pereira Mateus (Covilhã, 16 de Abril de 1944) é um antigo político português, que leciona atualmente nos Estados Unidos. Em 1996, na sequência do caso do Fax de Macau e do processo judicial relativo, publicou o livro Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido, Publicações Dom Quixote, Lisboa.

De uma família ligada à indústria de lanifícios, Rui Mateus estudou na Covilhã, frequentando o Colégio Moderno da Covilhã, até 1961, quando obteve uma bolsa de estudos para os Estados Unidos através da American Field Services, para Cedars Rapids no Iowa, onde permaneceu até 1963. Durante a sua estadia conheceu o presidente John F. Kennedy numa recepção a e estudantes estrangeiros, nos jardins da Casa Branca.

Regressa a Portugal por volta dos 18 anos, mas decide partir pouco depois, refratário à Guerra Colonial. Parte assim para um exílio de cerca de uma década: primeiro para Inglaterra, depois para a Suécia, onde viria a completar uma licenciatura em Ciências Sociais e Políticas, pela Universidade de Lund. Em ambos os países criou e organizou grupos da Ação Socialista.

Em 1973, na Alemanha, foi um dos fundadores do PS, criando uma ligação ao PS que iria durar vários anos, e que o levaria a exercer vários cargos, sobretudo na área das relações internacionais: em 1975, foi convidado para membro do Departamento de Relações Internacionais do PS; em outubro de 1976, foi eleito para a Comissão e Secretariado Nacionais do PS, com o pelouro das Relações Internacionais, mantendo-se nessas funções até junho de 1986. Foi cofundador da Fundação José Fontana, que deu origem à atual Fundação Res Publica, da Fundação Azedo Gneco e da Fundação para as Relações Internacionais do PS, que tiveram papel relevante no financiamento do PS.

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Etiquetas: Literatura

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