"O Amigo da Morte" de Pedro António de Alarcon - 1ª Edição de 2007

"O Amigo da Morte" de Pedro António de Alarcon - 1ª Edição de 2007

"O Amigo da Morte"
de Pedro António de Alarcon

Introdução de Jorge Luis Borges

1ª Edição de 2007
Editorial Presença
Coleção A Biblioteca de Babel
Coleção de Literatura Fantástica dirigida por JORGE LUIS BORGES
170 Páginas

Escritor multifacetado Pedro de Alarcón deixou obras teatrais, poesia, contos, romance e crónicas. Acima de tudo, foi-lhe reconhecido a característica de hábil narrador, nunca deixando cair a acção e tensão nos seus livros, enquadrados por uma visão romântica expressa na construção das personagens e na capacidade descritiva. A temática sociopolítica liberal foi dando lugar a uma visão conservadora e moralista. Escreveu uma série de contos, muitos deles publicados em jornais e revistas, destacando-se O Amigo da Morte, datado de 1852, e seleccionado por Borges para integrar a colecção «A BIBLIOTECA DE BABEL», agora publicada pela Presença. Retirado da colectânea Narraciones Inverosimiles, de 1882, O Amigo da Morte inclui dois contos fantásticos. O primeiro, conta-nos o percurso de Gil, filho do conde Rionuevo e de Cristina Lopez, morta no parto, que conhece uma vida de luxo e que o levará a conhecer a filha do duque de Monteclaro, por quem se apaixona. O seu pai adoptivo, Juan Gil, sapateiro de profissão, morrerá, e Gil, perseguido pela condessa, será obrigado a continuar o seu ofício. Em desespero e doente, pensa em suicidar-se quando, porém, recebe uma estranha visita de alguém que, nem homem nem mulher, o trata por «amigo», se apresenta como a Morte e lhe oferece os seus serviços.
No segundo conto, intitulado A Mulher Alta, o terror é o tema dominante. Uma mulher alta, ossuda e desdentada, faz aparições a Telesforo, um engenheiro de obras públicas, espalhando o medo e amaldiçoando a sua vida e a de um amigo, que após a morte de Telesforo, se cruza com esta assustadora e enigmática mulher. Um final dantesco, cobrem estas páginas de emoção imprimindo à leitura, desde as primeiras páginas, uma vertigem alucinante.

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Pedro António Joaquín Melitón de Alarcón nasceu a 10 de Março, de 1833, em Guadix, Espanha. Em 1847 muda-se para Granada para iniciar os seus estudos universitários, mas as dificuldades financeiras da família, levam-no a regressar à sua cidade natal. Embora não tivesse vocação para clérigo, a sua estadia num seminário inicia-o nas lides literárias, levando-o a escrever, entre 1848 e 1849, quatro obras para teatro, que revelaram a sua criatividade e capacidade efabulatória e romântica. Em 1853, decide abandonar a via eclesiástica e rumar para Cádiz, onde virá a dirigir a revista literária El Eco de Occidente, onde incluiu os seus primeiros contos. Em 1853, funda um jornal anticlerical e antimilitarista, que chega a alcançar grande popularidade. Em 1854, encabeça o movimento liberal em Granada, encontrando-se no período mais romântico da sua vida. Em 1859, ingressa voluntariamente no exército e escreve uma série de crónicas sobre cenários de guerra que foram compiladas no livro Diário de um Testigo de La Guerra de Àfrica. Em 1865, casa-se e dez anos mais tarde é eleito membro da Real Academia Espanhola. Um derrame cerebral provoca-lhe a morte, a 19 de Julho de 1891.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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