"Os Anos da Guerra" 1961 a 1974 de João de Melo

"Os Anos da Guerra" 1961 a 1974 de João de Melo

"Os Anos da Guerra" 1961 a 1974 - 2 Volumes de Vários
Organização de João de Melo

Os Portugueses em África
Crónica, Ficção e História

1 Edição de 1988
Círculo de Leitores
224 + 278 Páginas
Profusamente Ilustrados

As Colunas Partiam de Madrugada

As colunas partiam de madrugada
para o norte partiam para a morte
partiam de Luanda flor pisada
levavam morte de Luanda para o norte.

De Luanda partiam flor pisada
colunas que levavam
Luanda para o norte para a morte
de Luanda partiam de madrugada.

De Luanda madrugada para o norte
as colunas partiam
levavam de Luanda a flor pisada
para a morte do norte para a morte.

Partiam de Luanda de madrugada
colunas para o norte
levavam morte de Luanda
para o norte da morte flor pisada.

De Luanda partiam as colunas
para o norte partiam flor pisada
de Luanda levavam para o norte
a morte da madrugada.

Partiam as colunas de Luanda
Levavam para a morte
a madrugada: flor pisada
ao norte.

Manuel Alegre
in: O Canto e as Armas, 1967

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João de Melo nasceu nos Açores, em 1949. Aos 11 anos, deixa a sua ilha natal para prosseguir os estudos no continente, como aluno interno do Seminário dos Dominicanos, onde permanece entre 1960 e 1967. Abandonado o seminário, passa a viver em Lisboa, prosseguindo os estudos enquanto trabalha e iniciando colaborações na imprensa escrita. É, aliás, num jornal, o Diário Popular, que publica o seu primeiro conto, aos 18 anos. A partir de então publicará contos, crítica literária e poemas em diversos periódicos de Lisboa e dos Açores, integrando-se na geração literária que, sediada em Angra do Heroísmo - e ligada ao suplemento literário do jornal A União - renovou a literatura açoriana contemporânea.
A incorporação no exército, com o posto de furriel e a especialidade de enfermeiro, em 1970, e a posterior ida para Angola, onde permaneceu 27 meses numa zona de guerra [Companhia de Artilharia 3449 / Batalhão de Artilharia 3859], marcá-lo-ão em termos pessoais e literários, sendo tema de vários livros seus, de que se destaca, na ficção, Autópsia de Um Mar de Ruínas, romance que é uma referência na literatura portuguesa sobre a guerra colonial.
Já após a revolução de Abril de 1974, João de Melo licencia-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, mantendo sempre colaboração em diversas revistas literárias (Colóquio-Letras, Vértice e, mais tarde, Sílex, Ler, etc.). No início da década de 80, torna-se professor do ensino secundário, actividade em que reparte até hoje o seu tempo com a escrita literária.

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