João Cardoso Pires Dinossauro Excelentíssimo. 1ª Edição.

João Cardoso Pires Dinossauro Excelentíssimo. 1ª Edição.

N 19250 João Cardoso Pires Dinossauro Excelentíssimo. Editora Arcádia. 93 Pgs. 18x25cm. Ilustrações de João Abel Manta.
Primeira das muitas edições que desta obra em poucos meses se publicaram. Trata-se de uma magnífica sátira à figura do Dr Oliveira Salazar.
Ironicamente, um dos livros que abertamente, versa sobre a censura e o regime, escapa à malha desta, devido a um episódio da Assembleia Nacional, onde numa discussão sobre a liberdade de imprensa, é dado como exemplo. Obviamente que a partir daí já não seria possível à censura retirar os livros dos livreiros das livrarias nem a PIDE poderia perseguir o seu autor.
«De facto, não há muito tempo existiu no Reino do Mexilhão um imperador que na ânsia de purificar as palavras acabou por ficar entrevado com a paralisia da mentira. Ainda lá está, dizem. E não é homem nem estátua porque a ele, sim, roubaram-lhe a morte. Não faz parte deste nosso mundo nem daquele para onde costumam ir os cadáveres, embora cheire terrivelmente. Quando muito é isso, um cheiro. Um fio de peste a alastrar por todas as vilas do império.
"Dinossauro Excelentíssimo", é uma fábula satírica de José Cardoso Pires que retrata a vida de Salazar, a sua ditadura e o Portugal do Estado Novo num tom bastante irónico e amargurado. Carlos Reis designa a fábula de "relato violentamente satírico sobre a figura de Salazar" (verbete José Cardoso Pires, in Biblos, vol. 2, 213).
Uma edição ilustrada por João Abel Manta.

José Augusto Neves Cardoso Pires nasceu a 2 de outubro de 1925, no concelho de Vila de Rei, em Castelo Branco. Filho de um oficial da marinha, ainda criança muda-se com os pais para Lisboa, cidade que abraçou e amou. Exerceu várias profissões, entre as quais, redator de uma revista feminina, Eva, em finais dos anos 40. Em 1949, publica o seu primeiro livro, "Os Caminheiros e Outros Contos", retirado de circulação pela censura. Nos princípios dos anos 50, foi detido pela PIDE depois da apreensão do seu livro de contos "Histórias de Amor".
Nos anos 60 foi membro da Sociedade Portuguesa de Escritores. Em 1963 publica "Hóspede de Job", livro dedicado ao seu irmão, morto enquanto cumpria o serviço militar nos anos 50, e que lhe valeu o Prémio Camilo Castelo Branco em 1964; e "O Delfim" em 1968.
Em inícios dos anos 70, foi professor de Literatura Portuguesa e Brasileira em Inglaterra, no King's College da Universidade de Londres. Dois anos depois, já em Portugal,

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