N 14298 Charles Dickens. Cântico de Natal. Padrões Culturais Editora. 119 Pgs. 13,5x19,5cm.
A visão de Dickens do Natal é a da sua verdadeira essência: "Tempo de Paz, de Caridade e de Bondade para com todos" e este conto realça o mundo da infância infeliz com o retrato de uma sociedade avarenta, representada pelo personagem Sr. Scrooge, um homem rico, sovina, insensível e naturalmente desumano, que detestava o Natal. Mas nesta calorosa história aparecem ao Sr. Scrooge três Espíritos que lhe mostram o seu passado, presente e futuro, deixando-lhe um quadro nada abonatório do que lhe reserva a vida, se não mudar de atitudes e comportamentos. Na verdade, eles pretendem apenas que o Sr. Scrooge se torne um ser mais afectuoso, generoso e solidário.
Actualmente, o Natal tem vindo a perder a sua magia e o seu sentido, sobrevalorizando-se a dimensão material e tornando-se muitas vezes quase um automatismo ou obrigação. Este livro não deixa ninguém indiferente e desperta-nos o desejo de redescobrir e viver o verdadeiro espírito de Natal em nossas casas no seio da nossa família e amigos, com ou sem lareira, com muito ou pouco para comer, com prendas ou sem elas, mas certamente com muito calor humano. Se Ebenezeer Scrooge conseguiu
«Viram muitas terras e visitaram muitas casas, mas em todas o final foi feliz. O espírito abeirou-se da cabeceira de doentes e eles julgavam-se convalescidos; aproximou-se daqueles que estavam em terras estrangeiras e logo se sentiam próximos de casa; juntou-se a homens que lutavam e a sua maior esperança renascia; acercou-se dos pobres e estes sentiam- -se ricos. No asilo, no hospital e na prisão, em todos os redutos da miséria, onde o homem fútil, com a sua efémera autoridade, não tivesse aferrolhado a porta e impedido o espírito de entrar, ele deixou a sua bênção e deu a Scrooge as suas lições.

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