Enquanto escrevo este texto e recordo a visita exploratória que fiz ao terreno com o Pedro Taborda, um dos proprietários, tal como nesse dia, os Grifos voltaram a planar sobre a minha cabeça, tentando adivinhar quem somos e por que raio calcorreávamos o seu território, observando-os, fotografando o terreno, as escarpas, as fragas, os ninhos e eles próprios, lá em cima, poderosos, imponentes, vigilantes e prontos a defender seu habitat momentaneamente ameaçado! No início um, depois dois, não tarda três, meia-dúzia, dúzia e meia de grandes abutres pretos, guardiões dos céus e da pequena herdade da Várzea ou Poio onde a sua sombra se abate pelas muitas centenas de fruteiras, oliveiras centenárias, arbustos, vegetação rasteira e infestantes, entre outras árvores que revestem o terreno desde o cume plano lá no alto, ao penhasco pedregoso e escarpado que escorre até ao muro de delimitação da propriedade e suporte de terras contíguo ao caminho e à margem do rio Ponsul que por ali serpenteia desde a nascente na Serra do Ramiro, atravessa os concelhos de Idanha-a-Nova e Castelo Branco e desagua na margem direita do Tejo internacional.
Contudo a casa, a casa ou o que resta dela para lá da meia encosta, parece clamar por nova oportunidade, rogando que a refaçam e ali instalem um observatório de natureza e dos "pássaros grandes".
Naquele local preciso, mais a sua envolvente e a paisagem que dali se avista, todas as condições se encontram reunidas para diversas finalidades, sejam as que atrás foram descritas e parecerão bastante adequadas, ou qualquer outra que se centre na agricultura e pastorícia e aproveite os 40.195m2 para pequenos ruminantes, produção de azeite, alguma fruta, entre outras atividades, não esquecendo que por ali abunda água de nascentes oriundo da encosta, bem como do rio Ponsul mais abaixo mas muito perto.
Além disso, voltar a insistir na proximidade à Vila de Idanha-a-Nova, Alcafozes, Aldeia de Santa Margarida, Ladoeiro, Monfortinho, Idanha-a-Velha, Monsanto, Penha Garcia, Proença-a-Velha, tudo locais conhecidos e turísticos, tal como a Barragem Marechal Carmona, Senhora do Almurtão, hotéis de caça, termas, queijarias, herdades, inúmero património natural e construído, entre tantas outras atratividades de enorme valor e reconhecimento.
Falar da Idanha-a-Nova é reconhecer a enorme obra que ali foi e continua a ser feita, de entre as quais se destaca também a sua integração e participação ativa na criação do primeiro Geopark - Naturtejo, tal como a Associação Ibérica de Turismo do Interior. E também é falar do Boom Festival Internacional que este ano decorrerá de 28 de julho a 4 de agosto, um autêntico fenómeno internacional que promete transformar a Vila e a herdade de 150 ha onde está sediado na Capital do Bem Estar em 2028.
Finalmente, esta propriedade (Meio Alqueire) e a contígua (Várzea ou Poio), poderão ser vendidas em separado ou em conjunto, podendo quem o entender apresentar proposta para as duas ou apenas para a que lhe interessar.