Esta peça também chamada de "Cruzeta do Katanga", é feita de cobre fundido em forma de X vem de Katanga, uma rica região de mineração na parte sudeste da República Democrática do Congo (antigo Zaire), ao longo do rio Kasai. É a moeda clássica associada à região, é provavelmente a forma mais conhecida de moeda tribal africana. Durante séculos estas cruzes ou cruzetas serviram como indicações de riqueza e foram utilizadas para pagar dotes de casamento, serviam também para uso comércial. Por terem sido encontrados em cemitérios, também foram associados a rituais fúnebres. A forma mais comum do dinheiro tradicional em África era de metal, forjado ou fundido, como este, tinha a vantagem de armazenar riqueza para quem as possuia. Esta cruzeta poderia ser derretida e transformada numa ferramenta ou numa arma quando necessário. Eram um meio de troca difundido pelos nativos, servia também para a celebração de contratos sociais, como o do casamento. No início do século XX, uma cruz podia comprar cinco a seis galinhas, dois pedaços de bom tecido, oito a nove quilos de borracha ou seis machados. A região de Katanga declarou a sua independência da RDC pouco depois de a Bélgica ter declarado a região independente em 1960. Em 1961, Katanga emitiu as suas primeiras moedas, moedas de cobre, de um e cinco francos correntes. Uma versão em ouro da moeda de cinco francos também foi emitida como moeda comemorativa não circulante. Em homenagem ao património da região, estas moedas representam a antiga Cruzeta do Katanga. Após dois anos de combates, Katanga foi reunida à força com a RDC em 1963.

Dimensões - 23 x 23 x 0,8 cm,
Peso - 860 gr.

Notas: Só se vende a cruzeta.
É uma peça digna de museu; o Museu do Dinheiro, em Lisboa, tem apenas uma, mas maior.