"A Mãe" de Máximo Gorki - Edição de 1986

"A Mãe" de Máximo Gorki - Edição de 1986

"A Mãe"
de Máximo Gorki

Edição de 1986
Editorial Caminho
Coleção Uma Terra sem Amos
324 Páginas

Traçando a vida de uma mulher da classe trabalhadora na Rússia rural, nas vésperas da Revolução de 1905, A Mãe evoca, de forma poderosa, a crueldade, o absurdo e a amargura de uma vida sob o regime opressivo da Rússia czarista.

Numa cidade fabril anónima, uma mãe de meia-idade pensa que, depois da morte do marido abusivo, terá de encarar uma vida marcada por um trabalho árduo e enfadonho. No entanto, começa gradualmente a ter consciência da presença do filho, um jovem reservado, que passa as noites a ler livros sobre filosofia e economia.

À medida que os dois se aproximam, ele deixa a mãe entrar no seu mundo secreto, no qual os textos, aparentemente inofensivos, representam novas ideias radicais, cuja difusão faz com que Pável esteja em perigo constante. A mãe adere a um grupo socialista revolucionário e, embora fosse radicalizada pelas conversas de Pável e dos seus amigos, dá-lhes, ao mesmo tempo, uma perspetiva humana que valoriza a bondade, a piedade e o amor.

Nesta obra, os objetivos políticos entrelaçam-se com passagens de beleza lírica e personagens vivas e memoráveis. Um romance comovente que se tornou um clássico da literatura mundial.

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Maksim Gorki, pseudónimo de Aleksei Maksimovich Peshkov, nasceu em Nizliny-Novgorod a 28 de março de 1868. Após uma infância repleta de dificuldades, exerce os mais variados mesteres, desde moço de recados a moço de cozinha num barco. Em outubro de 1889 é preso pela primeira vez, apenas por três dias. Em abril de 1891, enceta a sua primeira jornada a pé através da Rússia, que se prolonga até outubro do ano seguinte. Durante esta viagem escreve o seu primeiro conto, Makar Chudra. Em agosto de 1896, casa-se com Yekaterina Pavlovna Vozhina e dois meses depois adoece de tuberculose, mas, mesmo assim, não deixa de trabalhar. Em 1897 saem os seus dois primeiros volumes de contos. Em maio de 1898 é de novo preso, em Nizlny-Novgorod. Em fins de setembro de 1899, visita pela primeira vez Sampetersburgo. Em janeiro de 1900 tem o seu primeiro encontro com Tolstoi, e em 17 de abril de 1901 é mais uma vez preso. Em 25 de maio de 1902, é eleito sócio honorário da Academia de Letras, eleição que Nicolau II consegue que seja revogada. Em 1905, encontra-se pela primeira vez com Lenine, é novamente preso, em Riga, e segue então para o exílio, chegando aos Estados Unidos a 28 de maio de 1906, depois de uma breve passagem pela Europa. Em outubro deste mesmo ano chega a Capai. Em 1907 assiste, em Londres, ao 5.º Congresso do Partido Trabalhista Social-Democrata Russo. A 31 de dezembro de 1913 regressa a Sampetersburgo, beneficiando de amnistia, Em 1931 instala-se definitivamente em Moscovo, donde apenas sai para passar o inverno de 1935/6 na Crimeia, regressando em maio. Morre a 18 de junho de 1936.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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