"A Revolução Electrónica" de William Burroughs

"A Revolução Electrónica" de William Burroughs

A Revolução Electrónica
de William Burroughs

Editor - Colecção Mil Folhas

O nome de William Burroughs serve de sinal da revo-lução sofrida pelas artes contemporâneas, nomeada-mente na época em que a cultura modernista explode e em que dominam as tecnologias electrónicas e os meios de comunicação de massas. Os anos 50 americanos foram pioneiros na resposta artística a esta nova situação, como é o caso de Jackson Pollock na pintura e, acima de tudo, de Burroughs na literatura. Com uma evidente ligação às vanguardas históricas, Burroughs inicia um caminho original que perpassa pelas suas temáticas: o mundo alucinante da droga (d)escrito em O Festim Nu, ou o da crise da normalidade por uma homossexualidade que se afirma estética e politica-mente (casos de A Máquina Mole e de Os Rapazes Selvagens). Todavia, mais do que as temáticas, o que impressiona em Burroughs é a radicalidade dos seus métodos: a hipervelocidade da escrita, a sua fragmenta-ção absoluta, a técnica da composição (o famoso cut-up). Mas também é extremamente original a sua «teoria da linguagem, que ele descreve como inumana, como o outro do corpo humano. As palavras seriam vírus, microrganismos, «poeiras vivas, destruindo todo o sentido pela sua imensa proliferação. A Revolução Electrónica articula todas estas questões num texto curto mas fascinante.


William Burroughs nasceu em St. Louis, Missuri, em 1914, tendo-se licenciado em Literatura na Universidade de Harvard. Foi empregado de bar, jornalista e detective privado. Viciado em morfina, mudou-se para o México em finais dos anos 40. Num acidente trágico, em 1951, matou a mulher com um tiro, facto abordado na introdução a Queer.
Na década de 50, viveu em Tânger, onde recolheu "vivências" para Festim Nu - Naked Lunch, que, embora escrito em 1959 e editado em França pela influente Olympia Press, só, no entanto, pôde ser publicado nos EUA, em 1962 e, em Inglaterra, em 1964. Seguiram-se-lhe The Soft Machine (1961), The Ticket that Exploded (1962) e Nova Express (1964), todos eles dominados pela ideia de que a toxicodependência "é um fenómeno global de controlo dos indivíduos".
Impublicável durante longos anos, Burroughs exerceu grande influência na geração Beat dos anos 50, nomeadamente sobre Jack Kerouac e Allen Ginsberg. Em 1983, foi eleito membro da Academia Americana e do Instituto de Artes e Letras. Faleceu em 1997, aos 83 anos, bastantes deles vividos sob o domínio das drogas. Antes, no entanto, ainda teve oportunidade de ver a adaptação cinematográfica que, em 1991, David Cronenberg fez de Naked Lunch.

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Etiquetas: Literatura

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Alexandre M.

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