"APOLOGIA" (Texto Inédito do Século XVI)
de Álvaro Gomes

"Fixação e tradução do texto latino por Miguel Pinto de Menezes.

Estudo Patrístico e Teológico-Bíblico de Manuel Augusto Rodrigues.

Apresentação e introdução de A. Moreira de Sá."
Obra editada para a XVII exposição europeia de arte, ciência e cultura.

1ª Edição de 1981
INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda
Coleção Pensamento Português
656 Páginas

"O Professor Doutor Artur Moreira de Sá descobriu, em 1979, numa biblioteca de Itália, uma obra, original, do celebre teólogo do século XVI, álvaro Gomes, intitulada Apologia de se ipso , dedicada a Luís Lippomano, bispo coadjutor de Bérgamo, então núncio de Sua Santidade junto de D. João III. Obra totalmente desconhecida, quer o titulo quer o conteúdo, que vem abrir perspetivas novas no conhecimento da biografia do teólogo e possibilitar uma mais correta apreciação do nível do ensino da Teologia nas Universidades Portuguesas nos meados do século XVI. Quanto à biografia de Álvaro Gomes, através deste manuscrito progride-se imenso, pois fica-se a conhecer a sua vida académica de 1510 a 1545. A Apologia possibilita, ainda, o conhecimento da reação contra a Inquisição, pouco tempo antes implantada em Portugal. Publica-se a reprodução do manuscrito, o texto latino e sua tradução, devida ao Dr. Miguel Pinto de Meneses. Antecede-o a Apresentação e a Introdução, da autoria do Professor Doutor Artur Moreira de Sá, da Universidade de Lisboa, e um Estudo Patrístico e Teológico bíblico devido ao Professor Doutor Manuel Augusto Rodrigues, da Universidade de Coimbra.

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Álvaro Gomes

Teólogo e professor, natural de Évora, foi lente de Teologia nas universidades de Paris, Salamanca e Coimbra, e ainda confessor de D. João III. Álvaro Gomes deixou-nos essencialmente uma obra de teólogo e é em função dos princípios do catolicismo tridentino que aborda temáticas de interesse eminentemente filosófico. Estão neste caso, por ordem cronológica, as suas obras Comentário ou Censuras ao Registo da Sacrossanta Faculdade de Teologia de Paris (1542), a Apologia (1543) e o Tratado da Perfeição da Alma (1550), este último de relevante interesse para o estudo da repercussão do platonismo no renascimento português.

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