"Contos de Réis, Reais, d'Amores"
de Arménio Vasconcelos

Prefácio de Prates Miguel

Posfácio de Fernando Paulo Baptista

1ª Edição de 2013
Edição deAcademia de Letras e Artes Lusófonas e Museus Maria da Fontinha e Almofala
230 Páginas
Ilustrado

Vindo de Ceca e Meca o homem sentou-se num banco de nevoeiro e pôs-se a descansar de suas fadigas.
Depois soergueu-se, empertigou-se e sumiu-se nas brumas da memória, donde só regressou pelo cordão umbilical e com alforges atulhados de ausências presentes.
Com genoma de montanhês beirão e nostalgia tatuada na alma repassa de perfumes lírico, o homem tirou a viola do saco e pôs-se a badalar a saudade, e os caprichos da vida madrastra, as ciladas da vida atirada, a genuinidade cristalina do sincelo, o perfil sinuoso das veredas e o rosto áspero das fragas serranas.
Pelo retrovisor do tempo, o homem revistou a corrida ao minério com todo o seu rol de grandezas e misérias, a emigração para o Brasil em demanda da árvore das patacas, a morte inglória de amigos no teatro da guerra colonial, a liberdade à solta no país de Abril.
A transpirar emoção por cada poro, o homem galvanizou heróis e heroínas anónimos, exaltou sentimentos, transfigurou sentidos e do jorro de uma bica, do vento de um uivo, do outono de uma parra, da primavera de uma papoila ou da alvura de um nevão, elegeu os sons e as cores com que se inscrevem prodígios luminosos no curso dos dias surdos e desbotados.
O tal homem é o autor deste livro e chama-se Arménio Vasconcelos.

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Arménio Vasconcelos reside em Leiria há mais de 40 anos, é Doutorado em Museologia, Presidente da Academia de Letras e Artes Lusófonas e Patrono da Cadeira número 29, Letras, da Academia de Letras de Brasiléia, no Brasil.

É autor de inúmeras obras, conferências e seminários sobre literatura portuguesa, arte e museologia.

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