"Engrenagens Malditas" de Reis Ventura - 1964

"Engrenagens Malditas" de Reis Ventura - 1964

"Engrenagens Malditas"
de Reis Ventura

1 Edição de 1964
Editora Pax - Braga
294 Páginas

Com este romance, Reis Ventura inicia um percurso que se afasta da literatura com espaços narrativos exclusivamente centrados em África e em Angola, característica da sua produção do final da década anterior e do início da década de 1960.
Primeira obra ficcional do autor publicada depois do início da guerra colonial, procura traduzir uma reflexão sobre as engrenagens que levaram ao estabelecimento de uma nova ordem mundial, e a um reequilíbrio de poderes, após a II Guerra Mundial.
O próprio texto introdutório da obra reconhece ser esta uma obra de viragem no percurso do autor, ao afirmar "Reis Ventura inicia, com este romance, uma nova incidência da sua actividade literária."
É de facto uma nova incidência, que marca uma ruptura com a anterior homogeneidade e qualidade literária da sua obra.
Ao lançar como protagonista do romance um jornalista angolano que relata as suas deslocações pelo mundo e regista as suas reflexões sobre as engrenagens malditas da política e da sociedade, que poderão estar na origem das sublevações em Angola, e no mundo, Reis Ventura perde-se num romance que aspira colocar demasiadas questões.
Do mesmo modo perde também a espontaneidade e harmonia de outras obras anteriores, prefigurando o exemplo do romance de antecipação Um Homem de Outro Mundo, também ele um livro onde o talento anteriormente demonstrado pelo autor se dispersa e perde.
Com Engrenagens Malditas, Reis Ventura obteve, na sua edição de 1965, o prémio Fernão Mendes Pinto da Agência Geral do Ultramar.

RARO

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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