"Interrogatório à Distância" de Vaclav Havel - 1ª Edição de 1990

"Interrogatório à Distância" de Vaclav Havel - 1ª Edição de 1990

"Interrogatório à Distância"
de Vaclav Havel

Entrevista concedidaa Karel Hvizdala.

Prefácio de Mário Soares

Tradução de Zita Seabra

1ª Edição de 1990
Editorial Inquérito
176 Páginas

Como se sabe, Havel passou muito tempo na cadeia, e o projeto do livro, em 85, sofreu vários contratempos até que o texto final, transcrito de furtivas gravações, pudesse ser impresso.
Para se ter uma ideia da trajetória de Havel, basta lembrar que, em 1989, ele ainda chegou a ser preso pelo crime de comemorar o vigésimo aniversário da morte de um herói nacional tcheco: Jan Palach.
Declarações tiradas de "Interrogatória à Distância":
"Houve época em que eram socialistas todos os que simpatizavam com os oprimidos e humilhados, todos os que se opunham às vantagens imerecidas, aos privilégios hereditários, à injustiça social e às barreiras imorais a que o homem era condenado a se submeter, perdendo sua dignidade. Eu era socialista nesse sentido 'moral e afetivo' e o serei sempre, mas não designo minhas posições com esse termo".

Sobre as peças classificadas de teatro do absurdo, gênero em que enquadram alguns de seus trabalhos:
"Essas peças colocam diante de nós, de uma maneira funesta, o problema do sentido, representando a sua ausência. O teatro do absurdo não propõe nem consolação, nem esperança. Ele nos lembra que a vida é sem esperança. Um dramaturgo do absurdo não se considera mais informado ou mais consciente da realidade que seu espectador. Ele se sente obrigado a formular o que faz sofrer a todo mundo e a lembrar, de uma forma sugestiva, o mistério diante do qual nós permanecemos impotentes".

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Václav Havel (Praga, 5 de outubro de 1936 Praga, 18 de dezembro de 2011) foi um escritor, intelectual e dramaturgo checo. Foi o último presidente da Checoslováquia e o primeiro presidente da República Checa. O seu amigo Ivan Medek foi nomeado diretor do gabinete do Presidente da República (Chanceler).

Firme defensor da resistência não-violenta (tendo passado cinco anos preso por suas convicções), tornou-se um ícone da Revolução de Veludo em seu país, em 1989. Em 29 de dezembro de 1989, na qualidade de chefe do Fórum Cívico, elegeu-se presidente da Checoslováquia pelo voto unânime da Assembleia Federal.

A 13 de Dezembro de 1990 recebeu o Grande-Colar da Ordem da Liberdade de Portugal.

Manteve-se no cargo após as eleições livres de 1990. Apesar das crescentes tensões, Havel apoiou a preservação da federação entre checos e eslovacos durante a dissolução da Checoslováquia. Em 3 de julho de 1992, o parlamento federal não logrou elegê-lo - o único candidato a presidente - devido à falta de apoio dos deputados eslovacos. Após a declaração de independência da Eslováquia, Havel renunciou à presidência, em 20 de julho. Quando da criação da República Checa, candidatou-se ao cargo de presidente e venceu as eleições em 26 de janeiro de 1993.

Após combater um cancro de pulmão, Havel foi reeleito presidente em 1998. Seu segundo mandato presidencial terminou em 2 de fevereiro de 2003, sucedendo-lhe seu grande adversário, Václav Klaus.

Encontra-se sepultado no Cemitério Vinohradsky, em Praga, na República Checa.

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Etiquetas: Literatura

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