"O Barão" de Branquinho da Fonseca - 6ª Edição de 1972

"O Barão" de Branquinho da Fonseca - 6ª Edição de 1972

"O Barão"
de Branquinho da Fonseca

Com um estudo de David Mourão-Ferreira

6ª Edição de 1972
Portugália Editora
Coleção Obras de Branquinho da Fonseca
144 Páginas

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma.

O Barão, que Branquinho da Fonseca publicou pela primeira vez em 1942, sob o pseudónimo de António Madeira, é uma das mais significativas, densas e complexas novelas do autor. Um inspector das escolas de instrução primária vê-se, por imposição das suas funções, coagido ao nomadismo. E dispõe-se a escrever para contar uma inesquecível viagem de serviço que o levara a um vetusto solar de província, onde o Barão se condenara a um sedentarismo solitário e dramático. Personagem intrigante e contraditória, que oscila entre a tirania e o sentimentalismo, o Barão apodera-se do inspector e obriga-o a partilhar o seu mundo durante uma noite alucinante marcada por confidências delirantes e cenas imprevistas.
A intrigante figura do Barão, com as suas qualidades e defeitos, as suas obsessões e os seus sonhos, é simultaneamente uma realidade, um mito e um símbolo.

Emblema? Símbolo? Mito? O Barão é tudo isso; mas antes de tudo isso, independentemente de todos esses valores que lhe são dados pelo meio, pela raça, pelo tempo (utilizemos, já agora, sem rebuço, a trípode do velho Taine!), é um ser concreto, que nos parece de carne e osso pelo modo como a estrutura da novela o apresenta, gradualmente o desoculta, incompletamente o ilumina; é um ser que nos perturba, e revolta, e comove, com os seus defeitos e as suas qualidades, as suas obsessões, os seus sonhos, a sua índole pessoal e intransmissível Daí, a incomparável espessura que ele tem como criação romanesca. E, todavia, O Barão não é apenas o Barão.

Do Prefácio de David Mourão-Ferreira

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António José Branquinho da Fonseca (Mortágua, Mortágua, 4 de Maio de 1905 Cascais, Cascais, 7 de maio de 1974) foi um escritor português. Os seus primeiros textos eram assinados com o pseudónimo António Madeira. Experimentou vários modos e géneros literários, desde o poema lírico ao romance, passando pela novela, o texto dramático e o poema em prosa, mas, como o próprio dizia, a sua expressão natural era o conto. Como artista, interessou-se também pela fotografia, o desenho, o cinema e o design gráfico. Foi conservador do Registo Civil em Marvão e Nazaré, e do Museu-Biblioteca Conde de Castro Guimarães em Cascais. Por proposta sua, foi criado em 1958, o Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, o qual havia de dirigir até o ano da sua morte. Em sua homenagem, a Câmara Municipal de Cascais criou o Prémio Branquinho da Fonseca de Conto Fantástico em 1995 e, em 2001, foi instituído o Prémio Branquinho da Fonseca Expresso/Gulbenkian numa parceria entre a Fundação Calouste Gulbenkian e o jornal Expresso.

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Etiquetas: Literatura

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