"O Paradigma Perdido" - A Natureza Humana de Edgar Morin - 1ª Edição de 1975

"O Paradigma Perdido" - A Natureza Humana de Edgar Morin - 1ª Edição de 1975

"O Paradigma Perdido"
A Natureza Humana
de Edgar Morin

1ª Edição de 1975
Publicações Europa-América
Coleção Biblioteca Universitária
226 Páginas

"Em contraste com uma antropologia que separa o homem do animal, pretende-se aqui compreender a articulação entre o biológico e o antropológico.
Em contraste com um antropologia que opõe a natureza e cultura, mostra-se aqui que a chave da cultura se encontra na nossa natureza e que a chave da nossa natureza se encontra na cultura.
Em contraste com uma antropologia que se limita unicamente às sociedades arcaicas, procura-se aqui o homem através dos seus múltiplos "nascimentos", desde as suas origens (hominização) até ao seu devir contemporâneo.
Em contraste com uma antropologia que apenas encara o homo dito sapiens sob os traços unidimensionais de um técnico racional, enquanto os seus predecessores, e não ele, elaboraram o utensílio , a linguagem, a cultura, demonstra-se aqui que o homem fornece ao mundo o mito, a magia, a imoderação, a desordem, e que a sua originalidade profunda consiste em ser um animal dotado de despropósito.
Em contraste com uma antropologia que oscila entre uma unidade sem diversidade e uma diversidade sem unidade, procura-se estabelecer aqui como o princípio de unidade contém o princípio de diversidade e de evolução.
Para além do biologismo, concepção estreita e hermética da vida, e do antropologismo, concepção insular e sobrenatural do homem, propõe-se aqui uma teoria aberta da natureza humana, baseada na ideia de auto-organização e numa lógica da complexidade. Esta teoria abre-se não só para a "lógica do vivo", mas também para os problemas fundamentais de uma política do homem."
Edgar Morin

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EDGAR MORIN
Filósofo e sociólogo francês, nascido em 1921, foi membro, durante a Resistência e no pós-guerra, do Partido Comunista Francês, do qual foi expulso por discordar da orientação oficial. Morin acredita que é necessário efetuar uma "revolução", mas que esta deve ter presente a ideia de totalidade e complexidade do real. Propõe, como alternativa, o conceito de "totalidade aberta" e de "um pensamento planetário", assentes na permanente revisão e crítica dos princípios orientadores, evitando os dogmas e o pensamento único.
Também no domínio da pesquisa epistemológica, a perspetiva de Morin traduz uma inovação. A sua reflexão nesta área incide sobre o panorama da ciência contemporânea que se apresenta como um "mosaico" de disciplinas isoladas e separadas entre si. Esta fragmentação remete para a necessidade de encontrar um novo método, que repense a tradição científica ocidental. Partindo do desenvolvimento das diversas ciências, especialmente da física, da biologia, da cibernética e da ecologia, Morin transmite a ideia de "complexidade", que caracteriza todas as esferas da atividade humana, desde o mundo físico e natural até ao universo das sociedades humanas. Estas realidades (física e social), têm de ser pensadas de uma forma dinâmica e intercomunicativa: o natural não ser entendido desligado do social e vice-versa, e o todo das partes que o compõem, também perspetivados numa lógica de reciprocidade.
Em síntese, Morin tem como objetivo ultrapassar a visão reducionista e simplista do Homem e do Mundo, que domina o pensamento ocidental há trezentos anos.

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