"O Quê? A Eternidade" de Marguerite Yourcenar - 1ª Edição de 1990

"O Quê? A Eternidade" de Marguerite Yourcenar - 1ª Edição de 1990

"O Quê? A Eternidade"
de Marguerite Yourcenar

1ª Edição de 1990
DIFEL Editorial
238 Páginas

Depois de Memórias e Arquivos do Norte, eis O Quê? A Eternidade, o terceiro volume de memórias que Marguerite Yourcenar intitula O Labirinto do Mundo. Neste último volume, a própria Marguerite, criança e adolescente, começa a aparecer, mas o eixo da narrativa é ainda novamente a personagem do seu pai: ele e sua mãe, a insuportável castelã do Montenegro, ele e os seus amores, legítimos ou não, as suas silenciosas generosidades, as suas amizades, a sua elegância, a sua negligência, a sua infatigável e inteligente solicitude passam pelo filtro de um amor profundo. Marguerite, que fala tão pouco de si, dedica-se inteiramente a pintar o retrato desse homem que foge a qualquer sinal de casta e cuja nobreza não tem afectação nem falhas.

Ela amou ao mesmo tempo Jeanne, que foi amiga da sua mãe desaparecida e conheceu Egon, o inquietante marido de Jeanne. Egon será o modelo de Alexis, pois encontra-se também neste livro a chave, a razão de outros livros. É repleto de paixões, de perguntas sem respostas, de desastres privados e públicos. Um caos total de onde Marguerite Yourcenar recreou o seu próprio universo.
Esta é a última cartografia, onde se distinguem em filigrana os corredores do labirinto onde todas as sombras são vivas.

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Pseudónimo da escritora francesa Marguerite de Crayencour (1903 a 1987), nascida em Bruxelas e que veio a naturalizar-se americana. As suas Mémoires d'Hadrien (Memórias de Adriano,1952) tornaram-na internacionalmente conhecida. Este sucesso seria confirmado com L'Öuvre au Noir (A Obra ao Negro, 1968), uma biografia imaginária de um herói do século XVI atraído pelo hermetismo e a ciência. Publicou ainda poemas, ensaios (Sous bénéfice d'inventaire, 1978) e memórias (Archives du Nord, 1977), manifestando uma atração pela Grécia e pelo misticismo oriental patente em trabalhos como Mishima ou la vision du vide (1981) e Comme l'eau qui coule (1982). Foi a primeira mulher de Letras a ser eleita para a Academia Francesa.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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