"Os Desesperados" - Teatro
de Costa Ferreira

Prefácio de Urbano Tavares Rodrigues

1 Edição de 1961
Editorial Minotauro
134 Páginas

António Joaquim da Costa Ferreira (Elvas, 10 de junho de 1918 Lisboa, 29 de julho de 1997) foi um actor, encenador e dramaturgo português que recebeu o Prémio Gil Vicente em 1958.

Actor, encenador e dramaturgo, é uma das personalidades fulcrais do movimento teatral português nos anos que se seguiram ao termo da 2. Guerra Mundial.

A sua obra dramatúrgica, muito vasta, desenvolve-se num registo muito extenso, que vai da farsa e da comédia ao drama e atinge o limiar da tragédia, combinando a melhor tradição realista com certos processos do modernismo; nela se empreende, com um seguro sentido da construção teatral, uma análise impiedosa da alienação inerente à sociedade burguesa.

Dela se representaram ou publicaram as seguintes peças: Nocturno, «apenas um prólogo (1948), Por um Fio... (1950), Milagre da Rua (1951), Trapo de Luxo (representada em 1952 no Teatro Nacional D. Maria II, editada em 1994), Quando a Verdade Mente (1955), Atrás da Porta (1956), Um Dia de Vida (1958), Um Homem Só (1959), Os Desesperados (1961), O Tarzan do 5. Esquerdo (1963), O Quarto (1974), Onde Está a Música? (1992).

Com o actor Francisco Ribeiro escreveu A Comédia das Verdades e Mentiras (1956) e A Vida É Boa (1976), e com Paulo Renato a peça infantil O Príncipe Valente e o Seu Escudeiro (1954).

Inéditas estão as suas peças Tragédia do Riso, Fuga para o Infinito, Crianças Criadas e Vida-Sentido Único.

Traduziu obras de Ibsen, Pirandello, Manet, Tennessee Williams, O. Dragun e vários outros autores contemporâneos.

Em 1971, publicou Uma Vida em Cinco Dias, relato da sua experiência vivida em Paris durante uma semana de Maio de 1968, e, em 1976, Uma Família e Duas Repúblicas, ficção entremeada de materiais autobiográficos.

in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997

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