"Os Dez Mil Degraus"
de Lucien Bodard

Tradução de Serafim Ferreira

Capa de Dorindo de Carvalho

1 Edição de 1992
Bertrand Editora
416 Páginas

Em 9 de setembro de 1976, Mao morreu sem dizer as poucas palavras que teriam feito de sua esposa a nova Imperatriz Vermelha. E Madame Mao, apressada, sem jeito, tenta um golpe de Estado. Um mês depois, ela foi presa. Assim terminou uma das "carreiras" mais loucas do século. Assim começa o novo romance de Lucien Bodard, em feroz ambição e histeria. É a mais extravagante das histórias, a ascensão de uma menina do nada, nascida no riacho ou quase, que se torna atriz em Xangai, a Fabulosa, e que força seu caminho até o futuro mestre da China.

Suas armas? A raiva de sobreviver, seja qual for o preço a pagar; uma qualidade excepcional de maldade; e então um desprezo pelos homens que ela usa e a quem domina através do sexo. Ela só respeita um, Kang Sheng, que a protegeu quando ela era criança, Kang Sheng, o futuro chefe do serviço secreto da China.

Romance, romance de aventura, este livro também é um afresco histórico. Lucien Bodard mostra uma China convulsiva e dilacerada, ainda adormecida na Idade Média, mas já louca pela modernidade sob a bota de brancos embriagados de mercantilismo. E, acima de tudo, ele conta em sua forma pululante a saga do Partido Comunista Chinês, as lutas contra os nacionalistas de Tchang Kaï-shek, a clandestinidade, as conspirações, as traições, a Longa Marcha.

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