"Pedro Calapez - Desenhos sobre Madeira" - Catálogo de Exposição de 1989

"Pedro Calapez - Desenhos sobre Madeira" - Catálogo de Exposição de 1989

"Pedro Calapez - Desenhos sobre Madeira"

Catálogo de Exposição

Bilingue - Português/Inglês

Edição de 1989
Fundação Calouste Gulbenkian
Ilustrado

Exposição individual do artista português Pedro Calapez (1953), apresentada no Centro de Arte Moderna. A mostra contou com uma seleção de desenhos executados sobre madeira preparada a acrílico, formando imagens nas quais era possível encontrar reminiscências da arquitetura e da pintura.

Exposição de trabalhos recentes de Pedro Calapez (1953), apresentada na Sala de Exposições Temporárias do Centro de Arte Moderna (CAM).

À data com 36 anos, Pedro Calapez, referido na imprensa nacional como «jovem e talentoso pintor» com uma «carreira bem-sucedida» («Exposição de Pedro Calapez», Diário de Lisboa, 21 fev. 1989; Diário Popular, 30 fev. 1989), expunha individualmente pela primeira vez no Centro de Arte Moderna. Já com uma obra na Coleção, adquirida na sequência da sua participação na «III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian» (1986), o trabalho deste então jovem artista tinha sido escolhido, dois anos antes, para integrar a mostra coletiva «10 Amad(e)ores. Desafio de Amadeo aos Artistas Contemporâneos» (1987), que tivera lugar no CAM.

No seu texto «Duas portas brancas», incluído no catálogo, o artista descreve o exercício do desenho do seguinte modo: «E olhei em redor e percebi que o que vira se apagava progressivamente da minha memória. Quis outra vez agarrar aquela imagem, mas ela, obstinada, desapareceu. Outra lá se instalou por mais uns momentos, empurrando-me para outros desenhos, mesmo antes de se desvanecer. No papel um traço apenas, pois os que se lhe seguiram já tinham que ver com outras imagens. Somaram-se no papel parcelas de diferentes lugares. Os desenhos não são aquilo que vemos. O que de algum modo surge no desenho não é outra coisa senão o que a minha fraqueza inevitavelmente revela.» (Pedro Calapez. Desenhos sobre Madeira, 1989)

Podemos então dizer que, para Calapez, o desenho é uma atividade mental, manifestação de momentos ou fragmentos do seu mundo interior. A fugacidade das imagens mentais pedia um meio que permitisse celeridade, agilidade, e, portanto, o desenho ajustava-se na perfeição. Nestes trabalhos de 1988, o suporte do desenho não era papel, mas a madeira preparada a acrílico, ocorrendo uma fusão entre pintura e desenho, com os traços da grafite a sobreporem-se e a dominarem a superfície.

Em cada um destes trabalhos ocorriam conjugações ou sobreposições de imagens, revelando a sequência de «visões», com breves momentos concomitantes, que o artista descrevera. Nestas imagens encontramos referências de diferentes proveniências e reminiscências diversas, da arquitetura à pintura.

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Raul Ribeiro

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