"Tereza Batista Cansada de Guerra" de Jorge Amado - 1ª Edição de 1972

"Tereza Batista Cansada de Guerra" de Jorge Amado - 1ª Edição de 1972

"Tereza Batista Cansada de Guerra"
de Jorge Amado

Iludtrações de Calassans Neto

Capa de Caribé

1ª Edição de 1972
Livraria Martins Editora - São Paulo
462 Páginas

Publicado em 1972, Tereza Batista Cansada de Guerra é a história da luta de uma mulher num ambiente quase sempre áspero e hostil, poderosamente hostil. Mundo de sofrimento, miséria e violência que Tereza começa a conhecer muito cedo - primeiro, com a orfandade; segundo, quando é vendida pela tia, ainda menina, a um certo capitão Justo. Sob o açoite do seu dono, ela vai experimentar, à flor da pele e ao fundo de si mesma, o sentido da palavra «servidão». No entanto, apesar de viver desde a infância a privação da liberdade e a crueldade de não ter controlo sobre a própria vida, para Tereza Batista só a alegria é importante. Fortalecida pela consciência do seu valor como mulher, irá usar todo o seu poder de sedução como forma de marcar a sua presença na sociedade, de afirmar a sua força, de dar resposta ao mundo que a oprime.

A luta de Tereza Batista é a metáfora da luta de milhões de mulheres em todo o mundo, e brota com grande riqueza da narrativa de Jorge Amado, que de novo nos presenteia com uma personagem fascinante: uma mulher cuja personalidade indomável e muitas vezes imprevisível choca com as convenções e se rebela contra o destino que lhe tentam impor.

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Jorge Amado nasceu em Pirangi, Baía, em 1912 e faleceu a 6 de agosto de 2001. Viveu uma adolescência agitada, primeiro, na Baía, no início dos seus estudos, depois no Rio de Janeiro, onde se formou em Direito e começou a dedicar-se ao jornalismo. Em 1935 já se tinha estreado como romancista com O País do Carnaval (1931), Cacau (1933), Suor (1934), seguindo-se Terras do Sem Fim (1943) e S. Jorge dos Ilhéus (1944). Politicamente de esquerda, foi obrigado a emigrar, passando por Buenos Aires, onde escreveu O Cavaleiro da Esperança (1942), biografia de Carlos Prestes, depois pela França, pela União Soviética... regressando entretanto ao Brasil depois de ter estado na Ásia e no Médio Oriente. Em 1951 recebeu o Prémio Estaline, com a designação de "Prémio Internacional da Paz". Os problemas sociais orientam a sua obra, mas o seu talento de escritor afirma-se numa linguagem rica de elementos populares e folclóricos e de grande conteúdo humano, o que vai superar a vertente política. A sua obra tem toques de picaresco, sem perder a essência crítica e a poética. Além das já citadas, referimos, na sua vasta produção: Jubiabá (1935), Mar Morto (1936), Capitães da Areia (1937), Seara Vermelha (1946), Os Subterrâneos da Liberdade (1952). Mas é com Gabriela, Cravo e Canela (1958), Os Velhos Marinheiros (1961), Os Pastores da Noite (1964) e Dona Flor e os Seus Dois Maridos (1966) em que o romancista põe de parte a faceta politizante inicial e se volta para temas como a infância, a música, o misticismo popular, a turbulência popular e a vagabundagem, numa linguagem de sabor poético, humorista, renovada com recursos da tradição clássica ligados aos processos da novela picaresca.Foi-lhe atribuído o Prémio Camões em 1994.

ESGOTADO NA 1ª EDIÇÃO

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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