"Vista da Baía ao Amanhecer" de João Palma Ferreira - 1ª Edição de 1990

"Vista da Baía ao Amanhecer" de João Palma Ferreira - 1ª Edição de 1990

"Vista da Baía ao Amanhecer"
de João Palma Ferreira

1 Edição de 1990
Livros do Brasil - Lisboa
318 Páginas

João Palma Ferreira
[Lisboa, 1931 - Lisboa, 1989]

Historiador e crítico literário, ficcionista, tradutor, ensaísta e publicista, estreou-se, em 1954, nas páginas do primeiro número da efémera revista Anteu, ao lado de António Osório, Cristóvão Pavia, Pedro Tamen e Rogério Fernandes. Três anos depois, concluiu a licenciatura em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa.

Entrou na vida literária pela porta da crítica, a mesma por onde haveria de sair, trinta e cinco anos mais tarde. No inventário dos seus escritos, visitável nas páginas que lhe dedicou a Revista da Biblioteca Nacional no ano seguinte à sua morte (S2,5 (1), 1990, p.109-138), contam-se 528 títulos, em que se avolumam os ensaios e as recensões críticas (com destaque para as publicadas na década que preenche os anos de 1958 a 1969, em que assinou a página cultural do Diário Popular), a par de uma intensa intervenção cívica no debate de alguns dos temas centrais da cultura aberto pela revolução de Abril de 1974.

Foi professor de liceu durante onze anos, leitor de português na Universidade de Salamanca e, depois, professor contratado na respectiva Faculdade de Filosofia e Letras. Foi, também, professor da Universidade Nova de Lisboa e director do Centro de Coordenação e Planeamento Culturais da Secretaria de Estado da Cultura (1976), de onde saiu para ocupar o lugar de conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Madrid. Membro permanente da Associação Internacional de Críticos Literários, esteve entre os sócios fundadores da Associação Portuguesa de Escritores. Foi conferencista em diversos centros universitários europeus e chefiou várias delegações portuguesas em reuniões internacionais patrocinadas pelo Conselho da Europa (1976-77).

De recorte evasivo, fragmentário, intimista e, nesse sentido, proto-memorialista, os primeiros escritos de ficção de João Palma-Ferreira mereceram a atenção de Mário Sacramento, Nelson de Matos, Alfredo Guisado e Nuno Sampaio, que lhe sublinharam o descompromisso ideológico, a fobia dos espaços / lugares comuns, o quase fascínio da solidão, preenchida pelo prazer de divagar, deambulando pelo exótico, o hermético ou simplesmente ridículo.

Cultivou também a paixão de «traduzir ideias, como sublinhou Iva Delgado no «roteiro intelectual que lhe esquissou na já citada Revista da Biblioteca Nacional. Aqui agigantou-se a paixão joyceana, perseguida desde os anos cinquenta e consumada na tradução de Ulisses, sobre a qual afirmou ter pressentido a própria morte, ou, como deixou escrito, «coincidindo até no mesmo trilho de loucura, a que não é estranho o cenário de Vista da Baía ao Amanhecer, editado já postumamente.

Parte do seu espólio manuscrito guarda-se, desde 1981, por sua iniciativa, na Biblioteca Nacional. Em publicações periódicas usou, entre outros, os pseudónimos R. M., Ricardo Magnólia e Tibério Amador.

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Etiquetas: Literatura

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