Agonia da Amália Carcalhota de Armando Borges

Agonia da Amália Carcalhota de Armando Borges

Um bocadinho mouca, a Amália não precisava que lhe assoprassem. Sentada na relva do coradoiro a roer a côdea com o vagar que os poucos dentes lhe consentiam, sacudiu as migalhas do avental e advertiu a do Violas - encobridora da leviana da sobrinha: "Olha, ó Lurdes, se eu apanhasse tantas nos olhos como ela tem apanhado no pito, já eu estava ceguinha".

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Maria Afonso

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