Alvaro Machado. Quadras de S. João. s/d. (1929?).

Alvaro Machado. Quadras de S. João. s/d. (1929?).

N 9318 Alvaro Machado. Quadras de S. João. s/d. (1929?). Companhia Portuguêsa Editora . Porto.Concurso do Jornal de Notícias em 1929-30 e 1931. Muito RARO
Começou sem grandes esperanças de vingar e hoje é o mais antigo concurso da Imprensa nacional. A competição por um dos prémios das Quadras de S. João do Jornal de Notícias realiza-se há 88 anos, ininterruptamente, e recebe cada vez mais participantes, neste ano chegaram-nos cinco mil quadras", afirma Germano Silva, jornalista, historiador da cidade e coordenador do concurso.
A ideia da salutar competição surgiu pelo jornalista Álvaro Machado, antigo chefe de Redação do JN. Germano Silva ainda o conheceu. "Ele dizia que quando ia para a noite de S. João se cruzava com ranchos de rapazes e raparigas que vinham dos bairros e que cantavam músicas, muitas improvisadas. E fazia-lhe impressão que essa riqueza folclórica espontânea do povo se perdesse. Por isso, teve a ideia de fazer um concurso de quadras no JN".
Na altura, o jornalista não julgou que a iniciativa tivesse tanto impacto: "Ele estava convencido de que se faria a primeira, a segunda e talvez até uma terceira edição, mas que depois se acabava. Porém, aconteceu exatamente o contrário", explica Germano Silva. "O normal seria que uma iniciativa destas, que se realiza desde 1929, começasse a esmorecer, mas a verdade é que todos os anos ganha cada vez mais vitalidade", diz o historiador.
As quadras, escritas à mão e à máquina por pessoas de todas as idades, chegam de todo o lado. Até do estrangeiro. Algo que o júri deteta pelo discurso. Há os que falam do saudosismo dos tempos idos, os que se doem pelos problemas da juventude e os que padecem com a distância ditada pela emigração.
"É um concurso único na cidade. Uma iniciativa exclusivamente são-joanina", afirma Germano Silva. O historiador lamenta que a iniciativa, "enaltecida" pelas mais variadas entidades, continue fora do programa oficial das festas de S. João da cidade, a cargo da empresa municipal Porto Lazer. Um programa que contempla "uma panóplia de realizações que, na maior parte das vezes, não têm nada a ver com o S. João", critica Germano Silva.
JN 2016-06-11
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