Augusto de Castro // A Tarde e a Manhã 1949
Augusto de Castro // A Tarde e a Manhã 1949
Preço: 12 €
Augusto de Castro // A Tarde e a Manhã 1949
Autor: Augusto de Castro
Obra: A Tarde e a Manhã
Editor: Empresa Nacional de Publiidade
Ano: 1949
Primeira edição
Formato: capa mole
Págs: 179
Notas: Augusto de Castro [Porto, 1883 - Estoril, Cascais, 1970]
Hoje injustamente esquecido, Augusto de Castro, diplomata, jornalista, cronista, dramaturgo e ficcionista, foi, durante algumas décadas, sobretudo como director do Diário de Notícias, uma figura influente no nosso meio intelectual e social. Concluiu o curso de Direito em Coimbra, em 1903, dirigindo, aos 20 anos, no Porto, o diário A Província, de que fora colaborador influente Oliveira Martins. Ainda no Porto fundou e dirigiu a Folha da Noite, na qual deu mostras do seu talento de cronista.
Em Lisboa, onde passou a viver, foi redactor principal do Jornal do Comércio e, depois, de O Século, no qual criou a secção de crónicas «Fumo do meu cigarro», que constituiu, com justiça, um grande êxito. Reunidas mais tarde em livro, essas crónicas são bem reveladoras do estilo transparente, dinâmico, cultivado, inteligente, mundano e finamente rítmico que caracterizaria alguns dos seus melhores textos.
À sua prosa atraente e sensual não faltaram nunca as qualidades cuja ausência ele um dia lamentou em Latino Coelho: «a mordedura do sol e do ar livre, a espontaneidade de locução, a ternura, o colorido, a fantasia, a seiva criadora da terra e da dor», e também a sensibilidade, a graça e a transparência.
Como diplomata desempenhou funções de importância, representando o nosso país em Londres, na Santa Sé, em Bruxelas, em Roma e em Paris. Em 1928, enquanto nosso representante na Santa Sé, concluiu os acordos sobre o Padroado Português no Oriente.
Mas foi, sobretudo, como director do Diário de Notícias, em períodos sucessivos, num total de mais de trinta anos, que Augusto de Castro, em editoriais gulosamente devorados, muitas vezes menos pelo conteúdo do que pela mágica sedução do seu estilo ágil, flexuoso e ritmicamente sensual, se destacou e impôs.
Jornalista da cabeça aos pés (chamou, algures, ao jornalismo «essa estranha profissão que nasce e morre no mesmo dia»), de Augusto de Castro se pode dizer, de certo modo, que queimou um enorme talento nessa pira implacável e devoradora que são os jornais. Dotado de um temperamento extraordinariamente activo e, ao mesmo tempo, reflexivo, sobre A. de Castro escreveu Fernando Namora «que nele agir era criar e criar era agir e que toda a sua obra literária é um itinerário de vitalidade e de intensa participação naquilo em que se deixou envolver.» - in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994
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literatura portuguesa , crónica
13937
Obra: A Tarde e a Manhã
Editor: Empresa Nacional de Publiidade
Ano: 1949
Primeira edição
Formato: capa mole
Págs: 179
Notas: Augusto de Castro [Porto, 1883 - Estoril, Cascais, 1970]
Hoje injustamente esquecido, Augusto de Castro, diplomata, jornalista, cronista, dramaturgo e ficcionista, foi, durante algumas décadas, sobretudo como director do Diário de Notícias, uma figura influente no nosso meio intelectual e social. Concluiu o curso de Direito em Coimbra, em 1903, dirigindo, aos 20 anos, no Porto, o diário A Província, de que fora colaborador influente Oliveira Martins. Ainda no Porto fundou e dirigiu a Folha da Noite, na qual deu mostras do seu talento de cronista.
Em Lisboa, onde passou a viver, foi redactor principal do Jornal do Comércio e, depois, de O Século, no qual criou a secção de crónicas «Fumo do meu cigarro», que constituiu, com justiça, um grande êxito. Reunidas mais tarde em livro, essas crónicas são bem reveladoras do estilo transparente, dinâmico, cultivado, inteligente, mundano e finamente rítmico que caracterizaria alguns dos seus melhores textos.
À sua prosa atraente e sensual não faltaram nunca as qualidades cuja ausência ele um dia lamentou em Latino Coelho: «a mordedura do sol e do ar livre, a espontaneidade de locução, a ternura, o colorido, a fantasia, a seiva criadora da terra e da dor», e também a sensibilidade, a graça e a transparência.
Como diplomata desempenhou funções de importância, representando o nosso país em Londres, na Santa Sé, em Bruxelas, em Roma e em Paris. Em 1928, enquanto nosso representante na Santa Sé, concluiu os acordos sobre o Padroado Português no Oriente.
Mas foi, sobretudo, como director do Diário de Notícias, em períodos sucessivos, num total de mais de trinta anos, que Augusto de Castro, em editoriais gulosamente devorados, muitas vezes menos pelo conteúdo do que pela mágica sedução do seu estilo ágil, flexuoso e ritmicamente sensual, se destacou e impôs.
Jornalista da cabeça aos pés (chamou, algures, ao jornalismo «essa estranha profissão que nasce e morre no mesmo dia»), de Augusto de Castro se pode dizer, de certo modo, que queimou um enorme talento nessa pira implacável e devoradora que são os jornais. Dotado de um temperamento extraordinariamente activo e, ao mesmo tempo, reflexivo, sobre A. de Castro escreveu Fernando Namora «que nele agir era criar e criar era agir e que toda a sua obra literária é um itinerário de vitalidade e de intensa participação naquilo em que se deixou envolver.» - in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. III, Lisboa, 1994
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literatura portuguesa , crónica
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Etiquetas: Literatura Outros géneros
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