Auto das Regateiras de Lisboa. Francisco Maria Estêves Pereira. 1919.

Auto das Regateiras de Lisboa. Francisco Maria Estêves Pereira. 1919.

N 19714 Auto das Regateiras de Lisboa. Composto por hum frade Loyo filho de h~ua dellas . 34 Pgs. 15x24cm. Publicado por ordem da Academia das Sciências de Lisboa por Francisco Maria Estêves Pereira.
Imprensa Nacional de Lisboa 1919. Excelente encadernação com lombada em pele . Completamente novo.
O título da peça, Auto das Regateiras de Lisboa, pode não corresponder à sua primeira versão o original de Gil Vicente, nem a maior parte do texto conhecido (que apresentamos em anexo) terá seguido com rigor o original, nem a extensão apodada ao título composto por um frade Loyo filho de uma delas serão cópia do original. Esta peça foi certamente reescrita, muito possivelmente terá sido novamente actualizado o texto talvez tantas vezes quantas as representações realizadas, quase sempre de modo a repor a peça para um público mais popular. Ainda hoje as companhias de teatro (e cinema) praticam reescritas e adaptações de todo o tipo, a partir de autores conhecidos ou não.

O Auto das Regateiras de Lisboa foi impresso em 1919 pela Imprensa Nacional de Lisboa, publicado por ordem da Academia das Ciências de Lisboa, na colecção Monumentos da Literatura Dramática Portuguesa IV, por Francisco Maria Esteves Pereira, e, conforme este refere, editada a partir do estudo de dois manuscritos (8:581 e 8:594) existentes na Biblioteca Nacional de Portugal.
Pela linguagem (no texto) da peça, pelo vocabulário, pela métrica e estrutura dos versos, etc., os relatores da Academia das Ciências situam a peça no final do século XVII ou mesmo início do XVIII, contrariando Esteves Pereira, o autor do estudo e editor, que a situaria ainda antes de 1580. Mas como se torna evidente a quem se debruçar sobre a referida brochura, os sábios da Academia só se debruçam sobre a forma do texto, e apenas se referem a formalismos, incluindo uma ou outra unidade lexical.

O mythos em Regateiras de Lisboa

Em 13 de Dezembro de 1521 morre el-rei Manuel I de Portugal, deixa viúva Leonor de Áustria (n.1498, Leonor de Habsburgo, irmã de Carlos V) que, antes de se casar com o rei Venturoso (em 1518), havia anos que tinha sido prometida em casamento ao filho deste, o herdeiro da Coroa, o príncipe João (n.1502) futuro rei de Portugal.
Com a morte de seu pai, no jovem rei João III, renasce o desejo de cortejar a também jovem viúva sua madrasta. E os seus avanços, no sentido da realização do desejo, tornam-se realidade visível a todos os que o cercam, como também se evidencia aos olhos populares. Na verdade, sabemos pelos cronistas, que o desejo foi levado à prática, pois do povo à nobreza, das estruturas locais do Poder às nacionais e aos conselheiros do reino, ao ponto de estes até prestarem esclarecimentos sobre o interesse da Nação nessa ligação, todos comentaram o caso e houve propostas para que o novo rei, João III, se casasse com Leonor de Habsburgo sua madrasta.
O duque de Bragança, elaborou uma longa missiva em seu nome e em nome das cidades de Portugal, descrevendo e equacionando a situação (emocional, política, económica e social) respeitante a este caso, propondo o casamento do rei com a jovem viúva de seu pai, dizendo a certo passo:

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