Consolação Número Três - Santos Fernando / Solidão - Irene Lisboa

Consolação Número Três - Santos Fernando / Solidão - Irene Lisboa

Edição Círculo de Leitores, 1971-3.
Capas de Izquierdo.

«Consolação Número Três 207páginas
7EUR

Santos Fernando,
pseudónimo de Fernando dos Santos (Lisboa, 22 de janeiro de 1927 - Lisboa, 13 de dezembro de 1975) foi um escritor português do século XX, que primava pelo tom humorístico dos seus textos. Santos Fernando desde cedo dedicou o tempo que sobrava do seu emprego administrativo nos Adubos Potássicos à escrita para os mais variados meios, a solo ou em colaboração com o seu amigo Ferro Rodrigues (pai do político Eduardo Ferro Rodrigues): rádio, cinema, televisão, jornais, teatro de revista e livros. Destacam-se os textos escritos para o teatro de revista do Parque Mayer, para os Parodiantes de Lisboa, de que foi um dos fundadores, e para o jornal humorístico brasileiro O Pasquim. Cruzou-se com diversas figuras do meio literário e artístico português, entre os quais Vítor Silva Tavares, Luiz Pacheco, que, a par de Ferro Rodrigues, escreveu um texto de homenagem publicado pelo Diário Popular um ano após a morte de Santos Fernando. Na criação literária de Santos Fernando, que viu treze livros publicados em vida, predomina a prosa humorística e satírica, expressa quer em textos curtos - contos e crónicas, destacando-se as que semanalmente escrevia para o Diário Popular, recolhidas no volume Os Grilos não Cantam ao Domingo - quer em obras de maior fôlego, como Tempo de Roubar, Os Cotovelos de Vénus, Consolação Número Três, A Sopa dos Ricos e o seu último livro, Sexo 20, publicado poucos meses antes da sua morte.

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«Solidão 193 páginas.
6EUR

(1939).
De registo autobiográfico, estas "notas do punho de uma mulher", (emboora publicadas sob o pseudónimo João Falco) refletem o solitário quotidiano de um eu que se transcende pela escrita.

«Irene Lisboa (n. Casal da Murzinheira, Arruda dos Vinhos, 1892; m. Lisboa, 1958), formada pela Escola Normal Primária de Lisboa, fez estudos de especialização na Bélgica, em França e na Suíça; foi professora do Ensino Infantil e depois Inspetora Orientadora desse grau de ensino, até ser afastada, primeiro para funções burocráticas, e depois definitivamente, por recusar um lugar em Braga (na prática, uma forma de exílio para uma pedagoga incómoda pelas suas ideias avançadas). Usou, entre outros de menor importância, o pseudónimo João Falco, que abandonou no início da década de quarenta. Ao longo da sua vasta obra, escreveu literatura para crianças e jovens, textos de pedagogia, crónicas e novelas centradas na descrição de quadros e personagens da vida comum. Com as variações que os diferentes géneros implicam, pode dizer-se que o seu estilo é marcado pela oralidade e pela naturalidade, construídas como efeito retórico que rasura um aturado trabalho de escrita. Isto é desde logo visível nos livros para crianças e jovens, em que a oralidade, muito trabalhada, não se compadece com facilidades nem infantilismos, abordando as mais variadas temáticas de modo a que subjaz profunda informação pedagógica.

O estilo da autora de Solidão caracteriza-se por frases em geral curtas, apresentadas como fragmentos de diálogo ou de monólogo interior, ou então os textos parecem ser o registo imediatista de cenas vistas, mas a que as subtis intervenções críticas ou explicativas da voz narradora dão contornos de anotações fazendo-se ao ritmo da consciência.

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Etiquetas: Literatura

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Paulo Morgado

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