Frei António das Chagas // Cartas Espirituais 1939

Frei António das Chagas // Cartas Espirituais 1939

Autor: Frei António das Chagas
Obra: Caratas Espirituais. Selecção, prefácio e notas pelo Prof. M. Rodrigues Lapa.
Editor: Sá da Costa
Ano: 1939
Primeira edição
Formato: capa mole
Págs: 259
Ilustrado com um retrato do autor.

Observações: Frei António das Chagas [Vidigueira, 1631 - Seminário do Varatojo/Torres Vedras, 1682]
Nascido na Vidigueira, foi para Évora, ainda adoslescente, para estudar Latim e Filosofia. Voltou pouco depois à sua terra natal, por morte do pai, sem ter terminado os estudos, para tomar conta da mãe e das irmãs. Em duelo, matou o adversário e, para fugir à justiça, refugiou-se em Moura, onde permaneceu três anos e se tornou soldado de infantaria. Estava-se em guerra com Espanha na sequência da Restauração da monarquia portuguesa e António da Fonseca Soares, seu nome no século, viveu durante este período uma vida boémia e aventureira. São desta época uma grande quantidade de poemas irreverentes e libertinos, representados nos cancioneiros seiscentistas, na Fénix Renascida (1716) e no Postilhão de Apolo (1761).
Em 1553 parte para a Baía, onde, ao ler as Obras Espirituais de Frei Luís de Granada, António da Fonseca Soares foi tocado pela inquietação. «António da Fonseca, que entrara leão a abrir o livro, ficou cordeiro em o lendo» (Pe. Manuel Godinho, Vida, virtudes, e morte com opinião de Santidade do Veneravel Padre Fr. Antonio das Chagas..., 1728, p. 15). Três anos depois regressa a Portugal, convertido. Data desse ano a sua primeira tentativa para ingressar na Ordem de S. Francisco. Recusado o pedido, o Capitão Bonina (alcunha que entretanto recebera) continuou a sua vida de boémio e de poeta, entrando para a Academia dos Generosos. Finalmente em 1662, já com a patente de Capitão de Cavalos, professou na Ordem dos Franciscanos em Évora. Percorreu incansavelmente as vilas e as aldeias de Portugal, pregando e escrevendo as Cartas Espirituais, numa luta sem tréguas pela salvação das almas.
Podendo ser considerado um dos melhores representantes do lirismo gongórico em Portugal, António da Fonseca Soares, enquanto poeta, e Frei António das Chagas, enquanto escritor religioso, exprimem de modo diverso as múltiplas facetas duma personalidade excessiva, fogosa e apaixonada, que é em si mesma um documento da época e da literatura de Seiscentos. Dele diz Francisco José Freire (Cândido Lusitano), nas Reflexões sobre a Língua Portuguesa (1842), que foi um dos escritores que melhor penetraram os mistérios da língua portuguesa e «que não haverá palavra expressiva ou modo de falar legitimamente português que se não encontre neste autor.» - in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. I, Lisboa, 1989 [revisto e aumentado em Agosto de 2011]

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literatura , religião
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