O Manicómio Dr. Heribaldo Raposo

de Pedro Afonso

Num momento da actualidade portuguesa em que se equaciona o encerramento de alguns hospitais psiquiátricos e a consequente desinstitucionalização dos doentes através da sua integração em unidades especiais inseridas nos hospitais centrais e de uma cooperação mais próxima das suas famílias, Pedro Afonso, psiquiatra no Hospital Júlio de Matos surge com um novo romance que tem como tema central a condição do doente mental e os medos que a sociedade em relação a ele ainda encerra.

Em O Manicómico Dr. Heribaldo Raposo e através de visão tão assustadora quanto real do dia-a-dia de um hospital psiquiátrico, Pedro Afonso abre assim caminho à reflexão sobre o regime de internamento nestas instituições e permite que os leitores, ao folhearem o livro, abram as portas de um hospital psiquiátrico e conheçam a realidade intemporal da estória.

Margarida, a personagem principal deste seu novo livro é uma jovem psiquiatra do Manicómio Doutor Heribaldo Raposo, um hospital psiquiátrico da capital onde quase tudo está mal e os doentes enfrentam, todos os dias, condições sub-humanas, devido à inveja e à incompetência do director de serviço e de médicos como o Dr. Ricardo Oliveira.

Inconformada com a negligência, os maus-tratos e o abandono e desistência dos doentes por parte de médicos e enfermeiros do hospital em que trabalha, Margarida e um outro colega, decidem iniciar uma luta solitária contra tudo e todos em prol da melhoria do bem-estar dos seus pacientes. Mas será que vão conseguir enfrentar um sistema adverso e fazer face a regras de funcionamento obsoletas e viciadas?

"Um romance empolgante, por vezes cruel, um relato esquizofrénico que divide o mundo em duas realidades: dentro dos Hospitais Psiquiátricos e fora deles, onde todos nós - supostamente normais - vivemos, preferindo ignorar a existência do primeiro. Pedro Afonso contribuiu com este interessante romance para que se tenha um conhecimento mais profundo sobre uma realidade, que felizmente, nem todos conhecemos."
Luís Robalo de Campos


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