MONÓLOGO DO ENGRAXADOR. *** Frederico Basto *** Lisboa: Contra-Regra, [Sem ind. de ano: 1984 (?) - data do copyright]. Colecção Na Rota da Cidade - 3. (20,5 x 14,5 cm.) com 125 + [3] pp. Capa flexível. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, pequenas perdas de cor em alguns pontos, vincos discretos e com um leve desgaste nas margens e na lombada, mas, de um modo geral, ainda em bom estado e limpa. Páginas bem conservadas e limpas. Tem, no entanto, uma assinatura de posse e uma data manuscrita no rosto. *** Primeira edição deste livro no qual o Autor, através dos monólogos de um engraxador, acaba por traçar um curioso panorama social da Lisboa em profunda transformação do início da década de 1980. Lê-se na introdução: «Sem qualquer razão especial, recordo o Zé Boga, engraxador ribeirinho (...), homem dos possíveis mil ofícios, conversador como um barbeiro, e que se ficou pela graxa. Vou tentar traçar o perfil da personagem a partir de retalhos de suas conversas durante a prática da graxa. Ou melhor, dos seus monólogos, pois limitava-ma a ouvir, e a concordar com mudos acenos de cabeça. Em cada capítulo, uma graxa é conversada, um discorrer inocente sobre a sociedade que o rodeava, as vidas que não entendia, os sentimentos confusos que o assaltavam, são relatados ao cliente, pelo prazer de ter alguém a ouvi-lo. O Zé Boga, aliava a graxa à conversa de forma perfeita, e por vezes era a graxa que se prolongava mais que o necessário, para que qualquer ponto da sua por vezes obscura filosofia da vida, ficasse bem claro ao ouvinte, isto é, ao freguês. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70