GRANDES CONTEMPORÂNEOS. *** Manuel Antunes *** Lisboa: Editorial Verbo, 1973. Colecção Presenças - 19. (19,5 x 13 cm.) com 214 + [10] pp. Capa flexível. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, pequenas manchas e um ligeiro desgaste nas margens e na lombada. Globalmente, apesar de um pouco envelhecida, encontra-se ainda muito apresentável. Páginas, de um modo geral, em bom estado e limpas, embora apresentem um ligeiro amarelecimento e algumas manchas (quase só nas primeiras e nas últimas). *** Primeira edição desta obra que reúne um conjunto de ensaios sobre algumas figuras de várias épocas, mas que, pela sua grandeza irradiante, reclamam um estatuto de perene contemporaneidade. Lê-se no prefácio: "Contemporâneo nosso ou, melhor, de sempre. Aquele que muito viu porque pensou, aquele que muito sentiu porque muito sofreu, uma vez a sua experiência expressa de forma adequada, com talento ou génio, passa virtualmente a ocupar todo o horizonte do tempo. A obsolescência é incapaz de o atingir na raiz. Menos ainda a morte, observadas as condições normais de transmissão. Desta maneira, o passado tem sempre futuro. O trágico é que nem sempre essas condições se verificam. Pode quebrá-las a barbárie do exterior ou do interior. Pode a tentação da facilidade atirar para os fundões de olvido verdadeiros «clássicos do humano, substituindo-os por certas banalidades da hora só porque da hora surgem. Pode a imitação das ciências e das técnicas, que se desenvolvem obedecendo à dupla lei, complementar, da acumulação e da superação, invadir os domínios da arte e da filosofia - domínios, por excelência, do qualitativo! -, realizando neles destroços irremediáveis. «Um futuro para o passado pedia, há anos, um escritor de língua inglesa ao analisar a rapidez, a extensão e a crueldade das transformações ecológicas do meio ambiente. Um futuro é necessário guardar para os grandes do passado e do presente, se não queremos instituir o império do «Big Brother, a pretexto de igualdade, de actualidade e de rendibilidade. Substituir, no todo ou em partes muito importantes, as humanidades pelas chamadas ciências humanas seria correr esse gravíssimo risco. Numa perspectiva de formação do homem integral, a complementaridade entre estas e aquelas impõe-se com a força de uma regra. A reunião destes ensaios visa, como último objectivo, isso mesmo, embora a composição de cada um deles não tenha tido, explícita, tal intenção." (Índice nas imagens 6 e 7). *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70