Marques Rebelo - Marafa (1.ª ed./1935)
Marques Rebelo - Marafa (1.ª ed./1935)
Preço: 26 €
Marques Rebelo - Marafa (1.ª ed./1935)
MARAFA. *** Marques Rebello *** São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935. Série Grande Premio de Romance "Machado de Assis". (18,5 x 12,5 cm.) com [2] + 215 + [7] pp. Capa flexível, com badanas. Capa com evidentes marcas de manuseamento, manchas e um pouco gasta nas margens e na lombada, que apresenta também vincos de abertura e as extremidades fixadas com cola. Apesar de envelhecida, um pouco gasta e não muito limpa, de um modo geral, está ainda apresentável. Páginas em relativo bom estado, embora apresentem um tom amarelecido (um pouco mais forte nas margens) e manchas de acidez, algo frequentes, devendo-se tudo, em grande medida à qualidade do papel utilizado. Na primeira página (anterrosto) tem uma assinatura de posse e uma data manuscrita. *** Primeira edição de um dos quatro romances distinguidos ex-aequo com o Grande Prémio de Romance "Machado de Assis", criado em Julho de 1934, pela Companhia Editora Nacional, com o propósito de distinguir o melhor romance de autor brasileiro apresentado naquele ano e ao qual concorreram sessenta e seis candidatos com trabalhos inéditos. Para aquilatar da qualidade dos romances distinguidos, basta referir que os outros premiados foram «Música ao Longe, de Erico Veríssimo; «Os Ratos, de Dionélio Machado e «Totonio Pacheco de João Alphonsus, podendo dizer-se que as quatro obras são hoje verdadeiros clássicos da literatura brasileira. Em Marafa, como se lê numa edição moderna, vemos «retratados, com perfeita fidelidade, o povo e o dia a dia de uma cidade ainda provinciana, recém-industrializada: o Rio de Janeiro na primeira metade do século XX. O Carnaval, a boémia, as malandragens, as brigas, os bate-bocas e todo o linguajar característico são reproduzidos aqui pelo mestre carioca. com um estilo empolgante e muito humor. E, de acordo com Manoel Freire e Maria Clediane de Oliveira, «em Marafa, Marques Rebelo constrói a dinâmica da sociedade carioca trazendo à cena uma grande galeria de personagens que compõem dois universos distintos que não se comunicam e não interagem um com outro: o da ordem ou do trabalho, ao qual pertencem os indivíduos que seguem os padrões sociais burgueses, procurando viver de forma digna e honesta; e o da desordem ou malandragem, em que estão inseridos aqueles que vivem da trapaça, do ócio, da prostituição e de tudo que está relacionado com uma vida desregrada. Nesse contexto, prevalece a ética daqueles que se sobressaem através da malandragem e da ociosidade, pois em uma sociedade competitiva em que o ativismo é uma característica fundamental, geralmente vence quem não se importa com os meios para conseguir realizar seus objetivos, ao passo que aqueles que permanecem resignados acabam pagando o preço da não-realização. Marques Rebelo é o pseudónimo literário de Edi Dias da Cruz, um dos mais importantes escritores brasileiros do século XX, que se inseriu na tradição do romance urbano carioca de Manuel António de Almeida (de quem foi biógrafo) e de Lima Barreto, tornando-se o cronista por excelência dos bairros semiproletários da Zona Norte do Rio, bairros de «mocinhas aventureiras, funcionários de baixa categoria, malandros, boêmios e sambistas, gente que não é bem proletariado nem chega a ser pequena burguesia, como escreveu Mário de Andrade. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70
- TipoVenda
- ConcelhoMação
- FreguesiaMação, Penhascoso e Aboboreira
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Etiquetas: Literatura
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