Sum Marky - Dinheiro Amargo (1.ª ed./1962)

Sum Marky - Dinheiro Amargo (1.ª ed./1962)

DINHEIRO AMARGO. Romance. *** Sum Marky [pseudónimo literário de José Ferreira Marques] *** [Sem ind. de local: Lisboa (?)]: [Sem ind. de editor: Edição do Autor], 1962. (Composto e impresso na Tip. do «Jornal do Fundão - Fundão). (19,5 x 12,5 cm.) com 189 + [3] pp. Capa flexível, com badanas. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, pequenas perdas de cor em alguns pontos, algumas manchas ligeiras e um pouco gasta nas margens e na lombada, que apresenta também vincos de abertura. No topo da lombada tem um número manuscrito e, sob o nome do Autor, tem escrito a vermelho a palavra "Impróprio". Apesar de tudo, de um modo geral, está ainda muito apresentável. Páginas em bom estado e limpas, embora apresentem um tom amarelecido, próprio do papel. Tem, no entanto, um número manuscrito (6) na primeira página, que corresponde ao número desta obra na ordem de publicação dos livros de Sum Marky e, no rosto, tem uma assinatura de posse. *** Primeira edição deste romance de Sum Marky, um dos pseudónimos literários do escritor luso-santomense José Ferreira Marques. Natural de São Tomé, filho de pais portugueses, José Ferreira Marques foi um escritor e editor, autor de uma obra vasta (cerca de trinta títulos) e corajosa, denunciando logo em dois dos seus primeiros livros - «No Altar da Lei e «Vila Flogá - os crimes praticados pelas autoridades portuguesas sobre o povo de São Tomé e Príncipe, o que lhe valeu uma cerrada perseguição pelo regime salazarista. Por outro lado, ao explorar, sobretudo com os pseudónimos de Roy Harvey e Louis Rudolfo uma via de erotismo de sabor popular (com títulos tão sugestivos como O Insaciável, O Violador, etc.) conseguiu, simultaneamente, ser desconsiderado pelos seus colegas de letras, como escritor menor e ser acusado pelo regime do Estado Novo de escrever livros pornográficos, o que lhe valeu mesmo a prisão. É, provavelmente, o Autor português com mais livros proibidos pela Censura (vários dos quais foram apreendidos e queimados pela PIDE/DGS na sua própria tipografia, na Amadora), acabando por tornar-se, antes do 25 de Abril, uma espécie de escritor maldito, cujos livros se vendiam clandestinamente e circulavam através de redes subterrâneas, como se constituíssem algo de abominável. Capa de Maria do Céu [Guimarães e Castro], esposa do Autor, que ilustrou várias das capas dos seus livros com desenhos muito sugestivos. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70
Etiquetas: Literatura

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