Suponhamos que Ulisses é uma mulher. Uma mulher de hoje. Argelina. Chama-se Nora e acaba de despertar num veleiro à deriva, sozinha no meio do mediterrâneo, amnésica e ferida no rosto. Um evidência que lhe impõe imediatamente: o mar é o seu elemento.
As suas mãos sabem tudo desse barco e da navegação. Perdida entre duas margens, sobrevivente de uma desgraça que ignora, Nora procura apaixonadamente sua pátria que tinha outrora contornos de um deserto de areia. E se, por trás das vagas, ela escuta o som de um alaúde beduíno, o de Jamil, nada prova que voltem a juntar-se...
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