Margarita, Está Lindo o Mar
Sérgio Ramirez


Sinopse

Prémio Alfaguara do Romance 1998
Prémio Hammet Internacional 1988
Ordem das Artes e das Letras 1993

1907. León, Nicarágua. Durante uma homenagem que lhe é prestada pela sua cidade natal, Rubén Darío escreve no leque de uma menina um dos seus mais belos poemas: "Margarita, está lindo o mar...".
1956. Num café de León, uma tertúlia reúne-se há anos, dedicando-se, entre outras coisas, à reconstrução rigorosa da lenda do poeta e à conspiração. Anastasio Somoza visita a cidade acompanhado pela sua mulher. Haverá um atentado contra a vida do tirano, e aquela menina do leque, meio século mais tarde, não será alheia aos factos.
Em Margarita, Está Lindo o Mar, o autor consegue inserir toda a história do seu país numa conseguida metáfora de realidade e de lenda. Numa linguagem que subjuga o leitor pelo seu brilhantismo, com lampejos de humor e de ironia que assombram pela sua precisão poética, a acção vai tecendo caminhos de meio século entre os dois níveis do relato, criando uma continuidade temporal entre o passado e o presente que parece pertencer aos melhores territórios do mito. E, neste âmbito literário mais realista que os próprios factos, o autor dá-nos a conhecer figuras de personalidade irrepreensível, originais, ternas, necessárias, inscritas na melhor tradição das grandes figuras da literatura latino-americana.
Um romance perfeito, transbordante de nobreza. Uma obra excepcional.