"Barranco de Cegos" de Alves Redol

"Barranco de Cegos" de Alves Redol

"Barranco de Cegos"
de Alves Redol

Ilustrações de Jorge Pinheiro

Prefácio de Mário Dionísio

Edição de 1982
Edições Avante
418 Páginas
Ilustrações de página inteira em extra texto

Barranco de Cegos, romance de 1961, é considerada a obra-prima de Alves Redol, expoente do neo-realismo em Portugal.

«Barranco de Cegos acaba por ser a biografia de uma personagem real, mas fundamentalmente simbólica de um potentado ribatejano, cuja história Redol relata a partir de 1891, ano da revolta republicana no Porto. Aquilo que Redol mostra é, fundamentalmente, a luta interior e exterior de Diogo Relvas - que simboliza tanto a ideologia conservadora de uma classe dominante como a ideologia reaccionária de uma classe decadente - contra a ideologia revolucionária das classes ascendentes. Alves Redol dá-nos, dentro do romance português, o primeiro retrato magistral de um tal tipo de personagem.

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António Alves Redo, Nasceu a 29 de Dezembro de 1911, em Vila FRanca de Xira e faleceu a 29 de Novembro de 1969, em Lisboa.
Romancista e dramaturgo, filho de um pequeno comerciante ribatejano, obteve um curso comercial, conheceu em Angola a pobreza e o desemprego e desenvolveu em Lisboa várias actividades profissionais. Militante do partido comunista e empenhado na luta de resistência ao regime salazarista, compreendeu a literatura como forma de intervenção social, sendo um dos seus primeiros romances, Gaibéus , considerado um dos textos literários fundadores da narrativa neo-realista. Ao longo de uma longa e coerente produção literária, Alves Redol trouxe para o romance personagens, temas e situações, ignorados pela literatura, postura que lhe valeu, simultaneamente, o êxito junto de um grande público e o ataque impiedoso da crítica, que apontava como deficiências de escrita a linguagem simples da sua prosa e o esquematismo das tramas romanescas. Acusações que pareciam corroboradas pela despretensão e modéstia literárias manifestadas pelo autor nas epígrafes das suas obras, como sucede em Gaibéus , precedido do aviso de que "Este romance não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem". No prefácio a Barranco de Cegos (Lisboa, 1970), Mário Dionísio compara o destino da obra de Redol ao dos romances de Zola, que ao escolher temas malditos, como o operariado e os conflitos sociais, recebeu durante anos a aversão dos críticos, até ser redescoberto em leituras inovadoras que revelaram a estrutura épica dos seus romances e a reformulação de mitos contemporâneos nessa prosa chocante, intensa, por momentos quase surrealista.

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Jorge Pinheiro (Coimbra, 7 de outubro de 1931) é um pintor português.

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Etiquetas: Literatura

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