"Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras" de Carlos Pereira Callixto - Edição de 2002

"Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras" de Carlos Pereira Callixto - Edição de 2002

"Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras"
de Carlos Pereira Callixto

Edição de 2002
Câmara Municipal de Oeiras
114 Páginas

As fortificações ao longo da orla marítima do território de Oeiras foram construídas no decurso dos séculos XVI, XVII e XVIII, e tinham por objectivo a defesa e controlo dos navios na entrada da Barra do Tejo.

Praticamente todas as fortificações construídas ao longo da costa oeirense estavam sujeitas à jurisdição do governador da Praça de Guerra de São Julião da Barra: "Com sede neste ponto fortificado, quase sempre sob o comando de um oficial general, chegaram a estar todas as fortificações ao longo do litoral, situadas da Ribeira de Algés à Ponta de Rana, incluindo a meio do Tejo a Fortaleza de São Lourenço da Cabeça Seca, mais conhecida por Torre do Bugio." [CALLIXTO, Carlos Pereira, Fortificações Marítimas do Concelho de Oeiras]

[Vista sobre S. Julião da Barra]Refere também Carlos Callixto que para Oeste da Praça de S. Julião da Barra seguia-se a Praça de Guerra de Cascais, com sede na Cidadela, e a Leste a de Lisboa com respectivo governo na Torre de São Vicente de Belém.

Na entrada da Barra do Tejo, num pequeno recife denominado Cabeça Seca, situa-se a Fortaleza de S. Lourenço da Cabeça Seca, mais conhecida por Torre do Bugio, cujas obras foram também iniciadas no século XVI, sendo o seu autor Frei Vicêncio Casale.

Seguindo para Leste, encontramos a Bateria da Feitoria que, entre outras funções, foi estaleiro de apoio à construção da Torre do Bugio, e o Forte de Nossa Senhora das Mercês de Catalazete, este construído no século XVIII.

A arqueologia subaquática poderá trazer à superfície achados valiosos para o estudo destas antigas fortificações militares e respectivo papel na História Nacional. Em 1989 foram descobertos, junto à Fortaleza de São Julião da Barra, dois peitorais de ferro do século XVII, possivelmente do tempo da Guerra da Restauração. Esta descoberta veio enriquecer o património cultural oeirense e poderá ser a ponta do iceberg de futuras investigações.

[Lateral de S. João das Maias]Os fortes de Santo Amaro ou do Areeiro, de São João das Maias, de Nossa Senhora de Porto Salvo ou da Giribita e o de São Bruno de Caxias foram construídos durante o século XVII e faziam parte da linha de fortificações marítimas e fluviais construídas logo a seguir à Restauração.

Ao longo dos séculos muitas destas fortificações foram destruídas e adaptadas a novos usos. Praticamente não restam vestígios dos Fortes de S. Pedro de Paço de Arcos, de Nossa Senhora do Vale, de S. Francisco da Boa Viagem, de Nossa Senhora da Boa Viagem, de Santa Catarina, de Nossa Senhora da Conceição, etc..

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CARLOS PEREIRA CALLIXTO, Escritor, nasceu na Amadora, em 1921, e faleceu em Lisboa, em 1991. Era neto do Senador Republicano e conhecido Jornalista Carlos António Callixto, cuja memória sempre reverenciou, e irmão de Vasco Callixto, o grande impulsionador do desporto automóvel em Portugal. A sua instrução não ultrapassou os bancos do Liceu Passos Manuel, e as vicissitudes da vida levaram-no para África, tendo passado por Cabinda e Lourenço Marques ao serviço de companhias de aviação e transportes comerciais. Nos anos de 1950 ingressou na TAP, onde se tornaria num dos mais respeitados funcionários daquela empresa.

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