"Ideologia e Aparelhos ideológicos do Estado" de Louis Althusser - 1ª Edição de 1974

"Ideologia e Aparelhos ideológicos do Estado" de Louis Althusser - 1ª Edição de 1974

"Ideologia e Aparelhos ideológicos do Estado"
de Louis Althusser

1ª Edição de 1974
Editorial Presença
Coleção Biblioteca de Ciências Humanas
122 Páginas

O objetivo é destacar o caráter profundamente subversivo, nos planos teórico e políticoideológico, do artigo de Louis Althusser, Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado .
O percurso da exposição passa pelo exame de algumas continuidades na abordagem althusseriana da ideologia e, no interior delas, relevantes inovações. Dentre estas últimas, a principal examinada aqui consiste em uma mudança de centralidade do foco: da dimensão epistemológica para a função social da ideologia.

A teoria dos Aparelhos Ideológicos de Estado constrói uma visão monolítica e acabada de organização social, onde tudo é rigidamente organizado, planeado e definido pelo Estado, de tal sorte que não sobra mais nada para os cidadãos. Não há mais nenhuma alternativa a não ser a resignação ante o Estado onipresente e absolutamente dominante.

A visão extremamente simplista dos aparelhos ideológicos como meros agentes para garantir o desempenho do Estado e da ideologia atraiu para Althusser as frequentes críticas de funcionalismo. Isto se deve ao facto de que ele não inclui nas suas preocupações questionamentos sobre o surgimento desses aparelhos ideológicos e sobre sua lógica, conforme a época. Não há a noção de continuidade histórica e cada fase é uma fase em si, dentro da qual as diferentes instituições se articulam, sempre de forma relativa. Assim a igreja - ou a religião -, por exemplo, não é o resultado de uma sedimentação histórico-cultural de ideias e visões do mundo, trabalho de séculos dos organizadores da cultura; não, a igreja é a instituição e seu funcionamento só é captado dentro da lógica respectiva do momento analisado.

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Louis Althusser (Bir Mourad Raïs, Argélia, 16 de outubro de 1918 Paris, 22 de outubro de 1990) foi um filósofo do Marxismo Estrutural de origem Francesa nascido na Argélia.

Marxista, filiou-se ao Partido Comunista Francês em 1948. No mesmo ano, tornou-se professor da ENS. Em 1946 Althusser conheceu Hélène Rytmann, uma revolucionária de origem judaico-lituana, oito anos mais velha. Ela foi sua companheira até 16 de novembro de 1980, quando foi estrangulada pelo próprio Althusser, num surto psicótico. As exatas circunstâncias do ocorrido não são conhecidas - uns afirmam ter se tratado de um acidente; outros dizem que foi um ato deliberado. Althusser afirma não se lembrar claramente do fato, alegando que, enquanto massageava o pescoço da mulher, descobriu que a tinha matado. A justiça considerou-o inimputável no momento dos acontecimentos e, em conformidade com a legislação francesa, foi declarado incapaz e inocentado em 1981.

Cinco anos mais tarde, em seu livro L'avenir dure longtemps, Althusser refletiu sobre o fato, pretendendo reivindicar uma espécie de responsabilidade por seus atos quando do assassinato, o que gerou uma polémica entre seus correligionários e detratores, sobre tal responsabilidade ser filosófica ou real. Althusser não foi preso mas foi internado no Hospital Psiquiátrico Sainte-Anne, onde permaneceu até 1983. Após esta data, ele se mudou para o norte de Paris, onde viveu de forma reclusa, vendo poucas pessoas e não mais trabalhando, a não ser em sua autobiografia. Louis Althusser morreu de ataque cardíaco em 22 de outubro de 1990, aos 72 anos.

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