"Platero e Eu" de Juan Ramón Jiménez - Prémio Nobel de 1956

"Platero e Eu" de Juan Ramón Jiménez - Prémio Nobel de 1956

"Platero e Eu"
de Juan Ramón Jiménez

Tradução de José Bento

Capa e desenhos de Bernardo Marques

Livros do Brasil - Lisboa
142 Páginas

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.

Platero y yo (Platero e eu em Portugal) é uma narrativa de Juan Ramón Jiménez que recria poeticamente a vida e morte de um animal de estimação, o burro Platero. É muito célebre o primeiro parágrafo:
Platero é pequeno, peludo, suave, tão macio por fora, que se diria todo de algodão.

A primeira edição foi publicada em 1914 (Ediciones de la lectura), e em 1917 a edição completa, composta por 138 capítulos (Editorial Calleja, Madrid). Ficava claro que Platero era um texto para adultos, ainda que por sua singeleza e transparência se adequasse perfeitamente à imaginação e ao gosto das crianças. Alguns capítulos apresentavam uma verdadeira crítica social, revelando uma dimensão do autor que muitos demoraram a perceber. O próprio Juan Ramón Jiménez, num «prologuillo» à edição explicava: «Eu nunca escrevi nem escreverei nada para crianças, porque acho que a criança pode ler os livros que lê o homem, com determinadas excepções que a todos se lhe ocorrem».

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Juan Ramón Jiménez nasceu em 1881 em Moguer, na Andaluzia, região que celebraria em Platero e eu (1914). Profundamente influenciado pela obra do poeta Rubén Darío, publica aos 18 anos, em 1900, os seus dois primeiros livros de poemas. A morte do seu pai, no mesmo ano, daria origem a uma depressão profunda que o obrigaria a um longo internamento numa instituição psiquiátrica em França. Em 1905, regressa à Andaluzia, onde sofreria nova depressão nervosa. O seu estado, agravado pela crescente ruína da família, não o impediria de escrever o que viria a ser Platero e eu, durante passeios pelo campo. O livro viria a ser publicado dez anos depois, em 1915, já Jiménez se estabelecera definitivamente em Madrid. A partir de 1912, realiza várias viagens por França e pelos Estados Unidos onde, em 1916, se casa com Zenobia Camprubí Aymar, sua companheira e colaboradora até ao fim da vida.
Em 1936, no início da Guerra Civil de Espanha, deixa o país, ocupando um cargo diplomático na Embaixada de Washington. Nos anos seguintes, o casal viveria ainda em Cuba e em Nova Iorque, antes de se instalar definitivamente em Porto Rico, em 1951. Aqui, como antes em Nova Iorque e em Cuba, Jiménez ensinaria Literatura espanhola. Em 1956, a Academia Sueca atribui-lhe o Prémio Nobel da Literatura. Três dias depois da entrega do prémio, morre Zenobia. Jiménez jamais recuperará desta perda e permanece em Porto Rico. Morreria dois anos depois, em 1958. Os restos mortais de ambos seriam transladados para o Cemitério de Jesús de Moguer no mesmo ano.

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Etiquetas: Literatura

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