Diário mínimo- Umberto Eco
Diário mínimo- Umberto Eco
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Diário mínimo- Umberto Eco
Os «Diários mínimos, alguns dos quais, como «Fenomenologia de Mike Bongiorno, «Elogio de Franti, ou «Fragmentos se tornaram, entretanto, clássicos no seu género e foram adaptados a números de café-concerto ou recolhidos em antologias escolares, surgiram nos anos sessenta em revistas italianas, inicialmente, eram breves histórias de costumes; mais tarde começaram a definir-se como paródias literárias, exercícios de exploração do mundo «de pernas para o ar: Manzoni lido como se fosse Joyce, Nabokov a escrever um romance sobre um jovem que só é capaz de se apaixonar por septuagenárias, um «nouveau roman da autoria de um gato, Milão estudada por um antropólogo da Melanésia, a Grécia de Péricles analisada como sociedade de massas por um crítico os apocalíptico, etc.
Na edição italiana, de 1983, a partir da qual foi feita a tradução que agora se publica, Umberto Eco eliminou certas crónicas de costumes excessivamente datadas e enriqueceu a secção de paródias literárias e «pastiches com textos publicados ao longo dos últimos anos: as obras-primas do erotismo, apresentadas como livros para a «biblioteca das raparigas, os grandes textos da história da literatura avaliados por um leitor de manuscritos de uma editora contemporânea, entre outros.
Umberto Eco procurou sempre apresentar estes seus textos como «divertimentos improvisados sem grande convicção, mas pouco a pouco começou a considerá-los exercícios empenhados uma vez que também a paródia pode ser uma forma de conhecimento.
A chave desta poética do «pastiche podemos encontrá-la no «Elogio de Franti onde se fala do Riso como de uma prova real: perante ela, o que é já caduco, cai de vez. Por vezes uma antecipação profética de discursos que os outros farão, anos mais tarde, mas desta vez a sério.
E assim a paródia cultural é justiceira - simultaneamente veneno e antídoto, talvez um dever intelectual de peso e responsabilidade.
Difel
Na edição italiana, de 1983, a partir da qual foi feita a tradução que agora se publica, Umberto Eco eliminou certas crónicas de costumes excessivamente datadas e enriqueceu a secção de paródias literárias e «pastiches com textos publicados ao longo dos últimos anos: as obras-primas do erotismo, apresentadas como livros para a «biblioteca das raparigas, os grandes textos da história da literatura avaliados por um leitor de manuscritos de uma editora contemporânea, entre outros.
Umberto Eco procurou sempre apresentar estes seus textos como «divertimentos improvisados sem grande convicção, mas pouco a pouco começou a considerá-los exercícios empenhados uma vez que também a paródia pode ser uma forma de conhecimento.
A chave desta poética do «pastiche podemos encontrá-la no «Elogio de Franti onde se fala do Riso como de uma prova real: perante ela, o que é já caduco, cai de vez. Por vezes uma antecipação profética de discursos que os outros farão, anos mais tarde, mas desta vez a sério.
E assim a paródia cultural é justiceira - simultaneamente veneno e antídoto, talvez um dever intelectual de peso e responsabilidade.
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- TipoVenda
- ConcelhoLisboa
- FreguesiaSão Vicente
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Etiquetas: Literatura
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Um totalitário cheio de nada...
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