A História de Pedro Sem (Um Portuense de Maus Fígados) de Helder Pacheco - 1º Edição 2005

A História de Pedro Sem (Um Portuense de Maus Fígados) de Helder Pacheco - 1º Edição 2005

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Edição: 1 Edição 2005
Titulo: A História de Pedro Sem (Um Portuense de Maus Fígados)
Autor: Helder Pacheco
Ilustrações. Francisco Cunha
Editora: Meiosdarte
Dimensões: 24 x 21 cm
Páginas: 32

Sinopse:

Sei pelo que me contava a minha avó, que durante muito tempo se ouviu pelas ruas do Porto o lamento meio cantado, meio chorado e quase suplicante: Quem dá esmola ao Pedro Sem / Que já teve e agora não tem?

Pedro Sem era um mercador rico mas não tinha títulos de nobreza, o que muito o afetava. Possuía muitas naus na Índia e era também usurário. Vivia rodeado de luxo à custa da desgraça alheia, pois emprestava dinheiro a juros elevados.

Um dia, estavam as suas naus para chegar, carregadas de especiarias e outros bens preciosos, quando a sua máxima ambição foi realizada: casou-se com uma jovem da nobreza, em troca do perdão das dívidas do seu pai. Decorria a festa de casamento, que durou quinze dias consecutivos, quando as naus de Pedro Sem se aproximaram da barra do Douro.

O arrogante mercador, acompanhado pelos seus convidados, subiu à torre do seu palácio e, confiante do seu poder, desafiou Deus, dizendo que nem o Criador o poderia fazer pobre. Nesse momento, o céu azul deu lugar a uma grande tempestade!

Pedro Sem assistiu impotente ao naufrágio das suas naus. De seguida, a torre foi atingida por um raio que fez deflagrar um incêndio que destruiu todos os seus bens.

Arruinado, Pedro Sem passou a pedir esmola nas ruas, lamentando-se a quem passava: "Dê uma esmolinha a Pedro Sem, que teve tudo e agora nada tem...".

A torre medieval onde morava Pedro Sem está situada na rua da Boa Nova, diante do antigo Palácio de Cristal (atual Pavilhão Rosa Mota), no Porto. É ainda hoje conhecida por Torre de Pedro Sem.

A história diz que essa torre pertencia a Pero do Sem, doutor de leis, jurisconsulto e chanceler-mor de D. Afonso VI no século XIV, mas a lenda remete para uma data posterior - século XVI - a existência de um personagem chamado Pedro Sem.

Autor:

Hélder Marques Pacheco, natural da freguesia da Vitória, Porto, é um investigador, escritor e cronista das culturas e tradições populares do Porto.

Foi director pedagógico do Centro de Recuperação de Crianças entre 1960 e 1970, professor do ensino secundário até 1980, estando associado ao Ministério da Educação entre 1980 e 1993 onde dirigiu projectos de investigação no âmbito do património cultural, publicados em 9 volumes na série Artes e Tradições, pela Direcção-Geral da Divulgação.

Foi membro da Comissão Nacional de Defesa do Património Cultural e colaborador dos jornais O Primeiro de Janeiro e Público e das revistas O Professor, Vértice e A Razão.

É actualmente professor de História Social e Cultural do Porto, investigador das culturas populares do Porto e escritor e cronista do Jornal de Notícias e da revista Sítios e Memórias.

A 10 de Junho de 2006, foi feito Grande-Oficial da Ordem do Mérito.

Algumas Obras do Autor:

Tradições Populares do Porto (Prémio Rodrigues Sampaio), 1985.
Portugal: O Ambiente dos Homens, 1985.
Grande Porto. Novos Guias de Portugal, 1986.
Rostos de Gente: Escritos Sobre Património Cultural e Outras Histórias. Lisboa: Círculo de Leitores, 1987.
Os Dias Portuenses. Lisboa: Presença, 1989.
Os Dias Comuns (fotografia de Emídio Carvalho Rebelo). Lisboa: Caminho, 1990.
Nós, Portugueses. Porto: Afrontamento, 1991.
Porto, Memória e Esquecimento. Porto: Afrontamento, 1994.
Regressar ao Porto. Lisboa: Âncora, 2000.


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