"Tenda dos Milagres" de Jorge Amado - 1ª Edição de 1969

"Tenda dos Milagres" de Jorge Amado - 1ª Edição de 1969

"Tenda dos Milagres"
de Jorge Amado

lustrada por Jenner Augusto

Capa de Carybé

Retrato do autor por Carlos Scliar

1ª Edição de 1969
Livraria Martins Editora
Coleção Obras Ilustradas de Jorge Amado
374 Páginas
Ilustrado

Na Tenda do Milagres, Ladeira do Tabuão, 60, reitoria da universidade popular, mestre Lidio Corró e Pedro Archanjo, o reitor, compõem e imprimem um livro sobre o viver baiano; ao lado da Igreja do Rosário dos Pretos, a Escola de Capoeira Angola é o espaço do mestre Budião - a universidade livre concentra-se na região do Pelourinho e espalha-se por toda a cidade.
Estes territórios do saber popular materializam o ideal de uma sociedade humana resistente às propostas do novo século - tecnológico e elitista. Neles, o eterno antagonismo entre humanistas e pragmáticos evidencia-se e gera confrontos. Numa das margens, Pedro Archanjo Ojuobá, o herói boémio e erudito, autor de importantes obras etnológicas, estudioso da cultura baiana; na outra extremidade, Nilo Argolo, caricatura de importações ideológicas e vanguardistas, inimigo da mestiçagem «degradada e degradadora».
Tenda dos Milagres, escrito em 1969, tem como tema central a oposição entre dois mundos heterogéneos, transcendendo no entanto os limites da sátira da vida literária e intelectual brasileira e do libelo contra o preconceito racial.

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Jorge Amado nasceu em Pirangi, Baía, em 1912 e faleceu a 6 de agosto de 2001. Viveu uma adolescência agitada, primeiro, na Baía, no início dos seus estudos, depois no Rio de Janeiro, onde se formou em Direito e começou a dedicar-se ao jornalismo. Em 1935 já se tinha estreado como romancista com O País do Carnaval (1931), Cacau (1933), Suor (1934), seguindo-se Terras do Sem Fim (1943) e S. Jorge dos Ilhéus (1944). Politicamente de esquerda, foi obrigado a emigrar, passando por Buenos Aires, onde escreveu O Cavaleiro da Esperança (1942), biografia de Carlos Prestes, depois pela França, pela União Soviética... regressando entretanto ao Brasil depois de ter estado na Ásia e no Médio Oriente. Em 1951 recebeu o Prémio Estaline, com a designação de "Prémio Internacional da Paz". Os problemas sociais orientam a sua obra, mas o seu talento de escritor afirma-se numa linguagem rica de elementos populares e folclóricos e de grande conteúdo humano, o que vai superar a vertente política. A sua obra tem toques de picaresco, sem perder a essência crítica e a poética. Além das já citadas, referimos, na sua vasta produção: Jubiabá (1935), Mar Morto (1936), Capitães da Areia (1937), Seara Vermelha (1946), Os Subterrâneos da Liberdade (1952). Mas é com Gabriela, Cravo e Canela (1958), Os Velhos Marinheiros (1961), Os Pastores da Noite (1964) e Dona Flor e os Seus Dois Maridos (1966) em que o romancista põe de parte a faceta politizante inicial e se volta para temas como a infância, a música, o misticismo popular, a turbulência popular e a vagabundagem, numa linguagem de sabor poético, humorista, renovada com recursos da tradição clássica ligados aos processos da novela picaresca.
Foi-lhe atribuído o Prémio Camões em 1994.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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